Não pode ser programa de esquerda, diz presidente do PSB sobre Lula-Alckmin
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou hoje (8) que a aliança entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) não pode ter "um programa de governo de esquerda". A declaração foi feita logo após a reunião política que teve o objetivo de selar a chapa com os dois partidos para a eleição presencial.
Em conversa com jornalistas, Siqueira argumentou que era preciso um programa "amplo" e voltado à defesa da democracia. Ele pontuou, no entanto, que não sabia se o PT iria concordar.
Quando nós defendemos a ideia de que não é direita e esquerda, essas eleições, mas autoritarismo contra democracia, também tem que ter um programa de governo que tenha correspondência com essa proposta político-eleitoral. Não pode ser um programa de governo de esquerda porque, afinal de contas, não se trata disso, se trata de conquistar a plenitude democrática."
Carlos Siqueira, presidente do PSB
"Portanto, que nós tenhamos um programa amplo, que possa comportar diferentes setores socais em temas que sejam unificadores e tenham coesão nacional à proposta política do presidente Lula", concluiu.
Segundo ele, esta proposta, baseada em um "projeto econômico sustentável", faz parte das diretrizes do PSB, que serão apresentadas ao PT.
Hoje, tanto Lula, quando a carta entregue pelo PSB ao PT para indicar Alckmin oficialmente como vice da chapa, falaram sobre criar um programa de governo unificado.
"Importante o PSB saber que na hora que for selada a definição do Alckmin de vice, vocês vão participar da elaboração do programa de governo, vão participar da combinação da montagem do governo e, antes disso, vamos ter que combinar como ganhar essas eleições", declarou Lula, olhando para Alckmin.
Quero dizer que vamos fazer dessa experiência tua, dessa minha experiência, vamos fazer disso um instrumento para que a gente possa recuperar esse país.
Lula, no encontro PT-PSB
Segundo membros dos dois partidos, os detalhes sobre a aliança ainda deverão ser definidos em outras reuniões. O encontro de hoje foi apenas "celebrativo".
"Eu não sei se eles estão preocupados se é compatível ou não, estou preocupado para que possamos fazer nossas propostas. Se serão aceitas, sei não", afirmou Siqueira, após a reunião.
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