Doria critica Bolsonaro: 'Pautou o Brasil pela cloroquina e pela morte'
O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB João Doria voltou a criticar o governo de Jair Bolsonaro (PL) por sua atuação na pandemia de covid-19. Em entrevista à rádio Metrópole, Doria chamou o presidente de "doente" e "narcisista", além de afirmar que "quem não respeita o ser humano, não é humano".
Durante a conversa, Doria afirmou que Bolsonaro nutre "ódio mortal" pelo estado de São Paulo devido à maneira com que o tucano comandou a crise sanitária. Segundo ele, depois do Plano São Paulo, "São Paulo passou a orientar o Brasil e outros governadores e prefeitos".
"Aí começou o ódio mortal de Bolsonaro, pois nós pautamos o Brasil pela ciência e pela vida, enquanto ele pautava pela cloroquina e pela morte. Nós aqui defendíamos a vacina e a proteção do povo brasileiro", afirmou: "Como pode alguém impedir o acesso à vacina e criar todas as dificuldades que ele criou?."
De acordo com Doria, São Paulo já tinha a vacina em setembro de 2020, no entanto, teve de lutar contra o governo Bolsonaro até janeiro de 2021, quando a Anvisa aprovou a aplicação no estado. "Bolsonaro dizia 'não vou comprar vacina', vacina do Doria, vacina do Jacaré, 'vachina', vacina que vai dar paralisia, [...] mas a pressão foi tanta que, no fim de janeiro, o Ministério da Saúde resolveu comprar a vacina".
"Se não fosse essa nossa inciativa, já teríamos perdido mais de 200 mil vidas. A vacina salvou os brasileiros", disse Doria, acusando o então ministro Eduardo Pazuello de querer só comprar a vacina de Oxford e atrasar a vacinação. "É por isso que Bolsonaro criou um ódio por mim, porque sempre defendi a vida. A vacina trouxe a economia de volta, o inimigo da economia era a pandemia."
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