'Ele é o próprio demônio', diz Dino sobre Bolsonaro ao defender 3ª via
O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro (PL) "é o próprio demônio". A fala de Dino aconteceu durante o UOL News, quando ele justificava que a afirmação de uma candidatura de terceira via seria benéfica para o processo eleitoral.
Dino afirmou que acredita sim que as eleições presidenciais serão difíceis, mas disse que está confiante que Lula será vitorioso. Ele discordou de análises que preveem um crescimento de Bolsonaro, porque para ele a rejeição do atual presidente é muito alta.
"Eu discordo totalmente dessa narrativa que há no sentido de que o Bolsonaro vai continuar a crescer. Não vai. A rejeição dele é estratosférica", afirmou. "E na hora que se afirmar uma alternativa dita de terceira via, aí mesmo é que não cresce", completou.
Segundo o ex-governador, a terceira via pode impedir que votos de pessoas com ideologias mais alinhadas ao centro e, para ele, "tudo que puder impedir o seu crescimento, impedir que vá ao segundo turno, é bom".
Por isso que eu sempre me coloquei como quadro da esquerda brasileira na condição de torcedor da terceira via. Acho que é importante para o Brasil, porque se não esses eleitores centristas podem ser tentados a aderirem ao Bolsonaro, que não é apenas um seguidor do demônio, para mim ele é o próprio demônio.
Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão
O coordenador do MTST e pré-candidato a deputado federal por São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), que também participou do programa do Canal UOL, adotou uma postura um pouco mais moderada e disse que fica preocupado com o clima de 'já ganhou'. "Salto alto não nos ajuda", afirmou.
Os dois também divergiram a respeito da posição do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) na campanha de Lula. Para Dino, a aliança mostra que o petista está verdadeiramente disposto a negociar para derrotar Bolsonaro: "A eleição é decidida por frente ampla, então a nossa tem que ser mais forte do que a do Bolsonaro, porque ele também tem ampliado".
Já Boulos é reticente quanto aos benefícios do arranjo. "Numa eleição você não diz apenas contra quem você tá, você diz qual é o seu projeto de país", afirmou. "A gente pode até abrir um diálogo com o centro, mas perde o diálogo com o povo", completou.
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