Topo

França diz que PT pode temer 2º turno contra Haddad: 'Votos iriam para mim'

Colaboração para o UOL

08/04/2022 18h55Atualizada em 08/04/2022 20h29

O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) disse, em entrevista ao UOL News hoje, que pode haver uma preocupação dentro do PT em um segundo turno entre ele e o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad na disputa estadual. Os dois negociam quem será o representante da base no pleito.

"Não há problema se formos separados, cada um faz sua campanha e fazemos isso [troca de apoio] no segundo turno. Há a dúvida acho que muito mais do Haddad e do PT em eu ir para o segundo turno contra Haddad. Talvez isso cause preocupação, porque penso que seria mais fácil os outros votos [dos candidatos] irem para mim".

Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostra que França obtém 23% entre os eleitores que avaliam o governo Jair Bolsonaro (PL) como ótimo ou bom, em empate técnico com o nome apoiado pelo presidente, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que marca 26%. Fernando Haddad (PT) tem 11%.

Durante a entrevista, o ex-governador voltou a defender o uso das pesquisas de intenção de voto como critério para escolha do representante da base na disputa pelo governo de São Paulo. Porém, a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, mostra que a adoção de pesquisas como critério para definir candidatura nos estados onde há impasses não é consenso no PSB. O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, é contra.

França compara Lula-Alckmin à 2ª Guerra

Márcio França ainda comparou a aliança entre o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antigos adversários, para a disputa presidencial com a união de países na Segunda Guerra Mundial contra o nazismo.

"Na Segunda Guerra tivemos uma lição para o mundo. A união da União Soviética com Estados Unidos, Inglaterra...Aliados contra um mal naquele instante que parecia ser pior que todas as divergências, o que foi essencial para a vitória. Acho que isso pode se repetir no Brasil agora".

O PSB oficializou hoje pela manhã, por meio de uma carta, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como nome do partido para compor a chapa presidencial do PT ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.