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Oyama: Jantar de Renan foi superestimado; aliança PT-MDB não será formal

Carolina Freitas

Colaboração para o UOL

12/04/2022 12h13

A colunista do UOL Thaís Oyama disse hoje, durante o videocast O Radar Das Eleições, que o jantar entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB), que aconteceu na noite de ontem, foi superestimado.

"Esse jantar foi grandemente superestimado principalmente pelo jeito que ele foi vendido pelo Renan Calheiros (MDB). A narrativa do Renan era: 'esse jantar significa uma rebelião de parte do MDB à candidatura da Simone Tebet (MDB). Ele falou até em impugnar a campanha dela como pré-candidato do MBD. Na verdade, o Renan sabe que não tem força para isso. O MDB é um partido enormemente heterogêneo".

Ao falar sobre a irrelevância do jantar, Oyama contou que o assunto sobre a impugnação de Tebet não foi discutido durante o encontro.

"Pouco se falou na questão do MDB - tratada de fato antes do jantar, no encontro reservado que Lula teve com José Sarney (MDB). No encontro, Sarney sinalizou que 'gostaria muito de marchar com Lula' já no primeiro turno, mas entende que isso é difícil e acha que o caminho será 'o de sempre': apoio pontual do MDB nos estados, principalmente no nordeste, mas sem uma aliança formal com o PT para o primeiro turno".

Fala de Lula sobre aborto

Durante o programa, Oyama também comentou sobre a fala do ex-presidente Lula na semana passada em relação ao aborto. Na ocasião, o petista defendeu a legalização [do aborto]. Para a colunista, ele deu um tiro no pé.

"Segundo um prócer petista, as falas se deveram 'à agenda pesada demais'. Lula estava cansado e também avaliou que foi um deslize. O ex-presidente, segundo uma pessoa ligada ao Lula, 'não pretende fugir do debate', mas sabe que não ganha nada sendo ele a colocar o assunto na mesa".