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Paulinho da Força se encontra com Leite após ser vaiado em evento com Lula

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), se encontrou com o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) - Reprodução/Twitter/EduardoLeite_
O ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), se encontrou com o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) Imagem: Reprodução/Twitter/EduardoLeite_

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/04/2022 19h49Atualizada em 19/04/2022 11h06

O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) divulgou hoje que encontrou o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP). A reunião ocorre após o também presidente do Solidariedade ser vaiado em um encontro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com sindicalistas e militantes.

Após ser vaiado no encontro, Paulinho da Força — apoiador do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) —, cancelou um ato que havia marcado para 3 de maio, quando anunciaria apoio oficial à pré-candidatura do petista ao Palácio do Planalto.

"Encontrei há pouco o @dep_paulinho, presidente do Solidariedade para uma boa conversa sobre o Brasil e a necessária construção de convergências na agenda política do país", disse o ex-governador do Rio Grande do Sul no Twitter.

Leite perdeu as prévias do PSDB, que definiu o candidato do partido para a disputa do Palácio do Planalto. O nome escolhido foi o do ex-governador de São Paulo João Doria que segue como o nome da sigla nas eleições presidenciais, apesar do mal-estar nos últimos dias.

Apesar da perda no partido, Leite tem dito que continua na "pista". O político já sinalizou que pode ser vice na senadora Simone Tebet (RS), pré-candidata do MDB.

Em seu Twitter, Paulinho da Força anunciou o plano de Leite para o pleito deste ano. Pelo que o presidente do Solidariedade disse, apesar de perder as prévias, Leite continua com os planos para ser "candidato a presidente da República".

Paulinho relata incomodo com vaias

O dirigente partidário afirmou ao Estadão/Broadcast Político na última sexta-feira (15) que ainda tem a intenção de embarcar na campanha do petista, mas quer saber agora se o PT realmente almeja uma aliança ampla para disputar a eleição contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Lógico que você fica incomodado, porque eu não estava em um evento com multidão, estava num evento com militância, com lideranças", afirmou Paulinho, que é presidente de honra da Força Sindical.

"Eu fiquei bastante incomodado porque, em nenhum momento, a direção do PT, nem o Lula, nem a Gleisi foram ao microfone dizer que tinha de fazer uma aliança mais ampla, que envolvesse não só o Solidariedade, mas também outros partidos de centro", emendou.

Paulinho enviou nesta manhã uma mensagem na última semana para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na qual expressou seu incômodo com a situação e informou que o ato do dia 3 estava suspenso.

"Nós continuamos no intuito de apoiar o Lula, mas queremos rediscutir esse formato, saber qual é o pensamento do PT com relação a uma aliança mais ampla, se realmente o PT quer isso."

*Com Estadão Conteúdo