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Lula diz que brasileiro não tem que temer polarização e minimiza 3ª via

O ex-presidente Lula  - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O ex-presidente Lula Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

19/04/2022 19h41

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje que os brasileiros não devem ter medo da polarização, em referência à disputa para a Presidência da República. O petista comparou a situação eleitoral com um jogo de futebol e disse que os dois extremos sempre existem "quando há dois times jogando".

Além disso, para Lula, a chamada terceira via não irá surgir a tempo da eleição. A terceira via é o nome dado a uma tentativa de eleger um candidato que não o ex-presidente Lula ou o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL).

"Não acredito que surja a terceira via, vai ser uma eleição polarizada, mas a gente não tem que ter medo de polarização", disse, em entrevista para a rádio Conexão 98, de Tocantins.

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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Pesquisas divulgadas por diferentes institutos apontam Lula e Bolsonaro como os pré-candidatos mais bem posicionados. Com o petista em primeiro, e o atual presidente em segundo lugar, os demais candidatos ainda aparecem pontuando pouco. A terceira via, porém, deve escolher um candidato único para a disputa.

Lula também comentou sobre a presença do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa presidencial. Para o ex-presidente, o parceiro será "excepcional" e ajudará a "consertar esse país" com sua experiência.

"Estou convencido que será um ótimo vice, não farei comparações [com José Alencar] porque são dois homens diferentes, mas tenho certeza que Alckmin me ajudará a fazer esse país crescer e voltar a ser feliz", disse.

Alguns dias atrás, na nota em que divulgou para informar sobre a decisão de aprovar a coligação com o PSB, o diretório nacional do PT afirmou que a disputa contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) será a mais dura desde a redemocratização do país. O partido também manteve o tom de que as eleições deste ano serão "uma disputa entre democracia e fascismo".

"Nossa política de alianças e a tática eleitoral, que já estão em construção e serão definitivamente aprovadas no Encontro Nacional de 4 e 5 de junho, apontam para a ampliação política necessária para derrotar Bolsonaro, num processo eleitoral que já se revela o mais duro desde a redemocratização do país", diz um trecho da nota.