"Facínora, covarde, fujão": os adjetivos usados por Doria para xingar Lula
O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), pré-candidato à Presidência da República, já utilizou vários adjetivos depreciativos para se referir ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também já trocou farpas publicamente com o tucano.
Em entrevista publicada hoje (27) no jornal Valor Econômico, Doria usou um tom mais ameno para se referir ao petista. "Embora eu seja um antagonista ao Lula, eu o respeito. O Lula não é Bolsonaro, o Lula é inteligente e tem passado. Eu tenho posições diferentes das dele, mas tenho respeito por ele. Já Bolsonaro não merece o meu respeito. Eu sou um liberal social", definiu.
Na última semana, Lula chegou a alfinetar Doria, dizendo que ele seria "uma pessoa que não tem nem passado, nem presente e nem futuro político", ao citar a disputa pela prefeitura de São Paulo que o tucano venceu em 2016. Para o ex-presidente, a derrota do PT na ocasião foi uma de suas "maiores tristezas".
"Qual o critério que induz a pessoa a deixar dois educadores de fora (Haddad e Gabriel Chalita) e eleger alguém que é uma pessoa que não tem nem passado, nem presente e nem futuro político", declarou o petista.
Em resposta publicada no Twitter, Doria ironizou a declaração do petista, ao agradecê-lo por recordar a vitória do tucano nas urnas. Ele também chamou Lula para o debate e defendeu "menos ódio, mais solução".
"Agradeço a lembrança da minha vitória em 2016, Lula. Seguimos trabalhando para resolver os grandes problemas do Brasil: comida na mesa, emprego, dinheiro no bolso, sem esquecer, claro, o combate à corrupção. Sobre passado e futuro, vamos debater? Menos ódio, mais solução. Topa?", publicou.
No entanto, no contexto da crise do coronavírus, em abril de 2020, os adversários já chegaram a trocar afagos. "Nossa obsessão agora tem que ser vencer o coronavírus. Chegamos ao ponto do Doria ter que mandar a PM invadir fábrica para pegar máscara. A gente tem que reconhecer que quem tá fazendo o trabalho mais sério nessa crise são os governadores e os prefeitos", escreveu o petista no Twitter.
"Temos muitas diferenças. Mas agora não é hora de expor discordâncias. O vírus não escolhe ideologia nem partidos. O momento é de foco, serenidade e trabalho para ajudar a salvar o Brasil e os brasileiros", replicou Doria na rede social.
A seguir, veja alguns dos adjetivos e expressões já usadas pelo tucano para se referir ao petista em tom negativo, como "covarde", "sem vergonha" e "ladrão".
"Sem-vergonha, mentiroso e covarde"
Em junho de 2016, então pré-candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista, João Doria usou palavras como "sem-vergonha, mentiroso e covarde" para se referir ao petista. As declarações foram em sabatina promovida pelo UOL, pela Folha de S.Paulo e pelo SBT.
Ao ser questionado sobre ter sido interpelado judicialmente por Lula, Doria disse: "em relação ao presidente Lula, o que eu afirmei, eu reafirmo. É um sem vergonha, é um mentiroso e é um covarde. É isso que ele é. Pode me interpelar de novo que eu vou responder as mesmas coisas".
À época, procurado pelo UOL, o ex-presidente declarou, por meio de sua assessoria, que os "ataques pessoais de Doria não merecem comentário" e que o tucano teria evitado responder sobre os motivos da interpelação judicial.
"Maior cara de pau do Brasil"
Já no cargo de prefeito de São Paulo, em janeiro de 2017, Doria chamou Lula de o "maior cara de pau do Brasil". A afirmação foi durante uma ação do programa "Cidade Linda", em que o tucano plantou mudas e limpou grafites na avenida 23 de Maio.
"Essa é uma muda de pau-brasil. Vou dedicar o plantio dessa muda ao Lula, Luiz Inácio Lula da Silva, o maior cara de pau do Brasil. Presente para você, Lula", disse o prefeito, em filmagem que foi divulgada por Doria em sua página no Facebook.
"Ladrão"
No mesmo ano, Doria também se referiu a Lula como "ladrão", ao responder uma declaração do petista. O ex-presidente havia concedido uma entrevista para um canal no Youtube, em que criticou o então prefeito de São Paulo.
"Doria tem que provar, por enquanto não é nada. É só o João trabalhador que não trabalha. Governe São Paulo", declarou o petista.
Durante uma entrevista, de acordo com a Coluna do Estadão, Doria rebateu: "Prefiro ser nada do que ser ladrão. E o nada ganhou do Fernando Haddad (candidato à reeleição pelo PT em 2016) no primeiro turno".
"Fujão"
Em outubro de 2017, Doria rebateu as declarações de Lula, que disse que o tucano teria medo de governar São Paulo e que ele iria "fugir do cargo" para disputar as eleições em 2018.
Durante agenda em Maceió, Doria afirmou que o petista que seria "fujão". Ele ainda o chamou de "covarde" e "mentiroso".
"Eu não fujo de nada ao contrário de Lula. Quem é o fugitivo é o Lula. Quem pediu para ser nomeado ministro com medo de ser preso? Fui eu ou foi o Lula? Quem tem medo? O Lula é que é um covarde e um fujão. Eu vou dar a resposta a ele na mesma medida onde ele me ofereceu na sua manifestação, que foi pelas redes sociais. Ele verá a resposta lá", declarou.
"Facínora"
Em abril de 2018, antes de deixar a prefeitura de São Paulo para disputar o governo estadual, João Doria também se referiu a Lula como "facínora". À época, ele comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de negar um habeas corpus ao ex-presidente Lula.
"Lula na cadeia. Facínora, mentiroso, enganou o Brasil, roubou os brasileiros. Tirou a esperança de milhões de brasileiros, jovens, adultos, famílias. Promoveu o desemprego, assaltou os cofres públicos e agora, Lula, Você vai para a cadeia", disse Doria em um vídeo publicado nas redes sociais.
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