Para apoiar Lula, Rede e Randolfe pedem desarmamento e reformas na economia
Para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, a Rede Sustentabilidade pede que o programa de governo do petista aprove uma reforma tributária lastreada pela transição para a economia de baixo carbono e a revogação de portarias do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) que flexibilizaram a posse e o porte de armas de fogo.
A proposta foi entregue ao PT em evento político realizado hoje em Brasília em que o partido fundado pela ex-senadora Marina Silva declarou apoio ao projeto presidencial do PT com Lula. Leia a íntegra.
Além do ex-presidente petista, estavam presentes no evento o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e os deputados federais Joênia Wapichana (Rede-RR), Túlio Gadelha (Rede-PE), e Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT.
Sem citar o caso envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro (MEC), alvo de investigação na PF (Polícia Federal) depois de disparar acidentalmente uma pistola num aeroporto de Brasília, o partido menciona que Bolsonaro facilitou a aquisição por comuns ao porte de armas que outrora eram de uso restrito às Forças Armadas.
"Pedimos a retomada do Estatuto do Desarmamento e os mecanismos de rastreabilidade de armas e munições, revogando decisões do atual governo que dificultaram o monitoramento de munições e de armas —inclusive de uso restrito", diz a Rede em nota.
Decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, liberou qualquer pessoa com autorização de porte a ter armas de fogo que antes eram de uso restrito das Forças Armadas e policiais. Segundo a definição, armas classificadas como "curtas" e que usem munição comum, como a manuseada por Milton, podem ser compradas por todos os cidadãos licenciados.
Evento sem Marina e divisão na Rede
Fundadora da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora e ministra em governos petistas, Marina Silva, não participou do evento capitaneado pelo coordenador da campanha de Lula à Presidência da República, Randolfe Rodrigues.
A ausência dela evidencia uma divisão que se arrasta desde que o partido lançou sua fundadora como candidata à Presidência da República em 2018. Uma ala da sigla, próxima a Randolfe, é declaradamente a favor do apoio a Lula para o pleito ao Palácio do Planalto. Outra ala, que inclui a própria ex-candidata, chegou a discutir o apoio a Ciro Gomes (PDT). No início deste ano, as lideranças do PDT e da Rede chegaram a debater a possibilidade de Marina ser candidata a vice ao lado de Ciro. A hipótese, rechaçada por uma parte da Rede, foi eventualmente descartada.
Em meio às discussões, Randolfe chegou a procurar a presidente do PT no início do ano para saber se o partido estaria disposto a abrir diálogo a respeito de aliança na eleição. "De fato, a Rede está dividida. Boa parte do partido defende apoio a Lula já no primeiro turno. Tem resistência, mas boa parte quer isso. Tem a sugestão de liberar o voto, tanto em Ciro como em Lula", disse o senador à época.
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