Justiça dá 10 dias para Moro explicar mudança de domicílio eleitoral a SP
A Justiça Eleitoral intimou hoje o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (União Brasil) a se manifestar, em 10 dias, num processo em que o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) e o diretório municipal do PT em São Paulo pedem o cancelamento da transferência de domicílio eleitoral do ex-juiz de Curitiba para a capital paulista.
"Como estratégia, entramos com a ação no momento correto, no último minuto do prazo, e não é só com a ação, mas solicitando um conjunto de investigações que reforçam que São Paulo não é o domicílio do caixeiro viajante Moro", afirmou Alexandre Padilha ao UOL.
Na ação, os petistas questionam ainda a defesa de Moro, que declarou que o ex-juiz mora atualmente com sua esposa, Rosângela Moro, num hotel na capital de São Paulo e afirmou que a troca de domicílio ocorreu devido a vínculos criados pelo ex-juiz durante o período de pré-campanha à Presidência da República pelo Podemos.
"Entramos com recurso contra a transferência de domicílio eleitoral de Moro para garantir a lisura do pleito deste ano. Todo mundo sabe que o ex-juiz não é de São Paulo e nunca estabeleceu qualquer relação com São Paulo", afirmou Laercio Ribeiro, presidente do diretório municipal do PT em São Paulo.
O anúncio da troca ocorreu no mesmo dia em que Moro deixou o Podemos e filiou-se ao União Brasil. Em nota à época, o ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que mantém "ligações afetivas, econômicas, sociais e políticas" em São Paulo.
MPE analisa ação de empresária
A ação do PT soma-se a outra, protocolada inicialmente na Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo, em que a empresária e pré-candidata a deputada federal, Roberta Luchsinger (PSB-SP), pediu no início deste mês a abertura de investigação para apurar se Moro e Rosângela cometeram crime eleitoral ao mudar o domicílio eleitoral de Curitiba para a capital paulista.
'PT tem medo de perder nas urnas, diz Moro
Em nota ao UOL, Moro reiterou que transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo no prazo legal, disse que ações que questionam isso refletem o medo de petistas perderem as eleições democráticas e reforçou que tem vínculos no Estado. Leia a íntegra:
Transferi no prazo legal meu domicílio eleitoral como permite a legislação eleitoral e é direito de qualquer cidadão. Minha base de atuação e de domicílio eleitoral tem sido SP desde meu retorno dos Estados Unidos no final de 2021. Resido, aliás, em SP.
Tenho ainda diversos laços com São Paulo, entre eles o fato de ter recebido a maior honraria do Estado de SP, a Grã Cruz da Ordem do Ipiranga, em seu grau mais elevado, e que só é concedida aos cidadãos que "se houverem distinguido por serviços de excepcional relevância prestados ao Estado de São Paulo e seu povo".
Como o PT tem medo de perder nas urnas, recorre a chicanas eleitorais. Apresentarei minha defesa aguardando que a decisão siga o entendimento predominante da justiça eleitoral há décadas.
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