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Pazuello cria conta no Twitter para reforçar candidatura a deputado federal

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pretende se eleger como deputado federal - Jefferson Rudy/Agência Senado
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pretende se eleger como deputado federal Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

29/04/2022 16h59

Ex-ministro da Saúde entre 2020 e 2021, o general Eduardo Pazuello (PL) estreou ontem sua conta na rede social Twitter. O objetivo, conforme afirmou à coluna de Igor Gadelha no jornal Metrópoles, é reforçar sua candidatura a deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Já com 33 mil seguidores e ainda sem selo de verificação na rede, Pazuello só fez uma postagem até a publicação deste texto.

"Fala galera! Esse é o meu Twitter Oficial. Sejam todos bem-vindos. Vamos trocar ideias sobre o nosso Rio de Janeiro. Queremos o nosso estado seguro!", escreveu o ex-ministro. O tuíte já tem mais de 23 mil curtidas.


Pazuello se filiou ao PL (Partido Liberal), atual sigla do presidente Jair Bolsonaro, no dia 1º de abril. Antes, a expectativa era que o ex-ministro se juntasse ao PP, mesma legenda do responsável pela Casa Civil, Ciro Nogueira.

A mudança de legenda teria ocorrido porque os deputados eleitos do PP se sentiram "ameaçados com a entrada do ex-ministro", segundo a versão apresentada pela assessoria do ex-ministro ao UOL.

Ainda de acordo com a assessoria de Pazuello, a investida na disputa por uma das cadeiras da Câmara conta com "total apoio do presidente Jair Bolsonaro".

Gestão conturbada no Ministério da Saúde

A saída de Pazuello da gestão do Ministério da Saúde foi atravessada por investigações sobre as ações e omissões do governo federal durante a pandemia. De acordo com o depoimento do general da reserva, ele não foi o único responsável pelo avanço da covid-19 no Brasil, durante sua gestão à frente da Saúde.

Segundo ele, o colapso do sistema de saúde em Manaus no começo de 2021, que marcou o avanço de mortes pela doença no país, ocorreu porque ele não foi acionado antes. Caso fosse, segundo ele, "teria agido", mas que só poderia atuar quando fosse solicitado.

"Todos os gestores em todos os níveis são responsáveis, cada um no seu nível de responsabilidade", declarou durante o depoimento prestado à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, no Senado, em maio do ano passado.

TCU investia irregularidade em contratos de Pazuello

O TCU (Tribunal de Contas da União) abriu uma investigação no início de março para apurar possíveis irregularidades em contratos firmados por Eduardo Pazuello durante a gestão da Operação Acolhida — entre 2018 e 2020 —, e como secretário-executivo do Ministério da Saúde — em 2020.

O pedido foi feito pelo Congresso Nacional após a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados apontar irregularidades possíveis em contratos com a ISM Fomes de Mattos Eireli.

A empresa fornecia refeições na Operação Acolhida e prestava serviços para o Ministério da Saúde ao Hospital Federal Cardoso Fontes, no Rio de Janeiro.

Segundo a avaliação do Congresso, a ISM, que tem sede em Fortaleza, foi contratada 11 vezes pela 1ª Brigada de Infantaria da Selva do Exército para fornecer refeições aos refugiados, entre 2018 e 2020, totalizando R$ 141,6 milhões.