Lupi defende Ciro após discussão com bolsonaristas: 'Não fugimos da raia'
O presidente do PDT, Carlos Lupi, defendeu o pré-candidato ao Planalto pelo seu partido, Ciro Gomes, após o ex-ministro da Fazenda se envolver em uma discussão com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) no interior de São Paulo.
"Agora eu acho que a gente tem que se preparar que cada vez mais esses filhotes da ditadura, que são esses bolsonaristas, vão fazer isso. E cada vez que levantar o tom com a gente, nós vamos levantar com eles também. Nós não vamos fugir da raia, não. Cada provocação vai ter um reação", disse Lupi em entrevista ao jornal O Globo.
Ciro Gomes trocou xingamentos com bolsonaristas durante a sua passagem pela Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) em Ribeirão Preto. Em entrevista a uma estação de televisão local e no Twitter, o pedetista declarou que foi insultado e sofreu tentativas de agressão dos militantes, mas negou ter "batido boca".
Em vídeos divulgados por bolsonaristas nas redes sociais é possível ouvir os gritos de "Mito", usado por apoiadores para se referirem ao chefe do Executivo, e "Bolsonaro" enquanto Ciro Gomes se desloca por um dos espaços do evento.
Na sequência, Ciro, que é opositor do presidente, questiona: "Mito? Roubou tua mãe ou come* ela?". É possível ouvir o apoiador responder "come* não, meu filho".
"É muito difícil na vida, como na política, você ser ofendido e não reagir. Se você quiser ser justo e ver o vídeo desde o início, vai ver que ele foi provocado e ele reagiu. Cada um tem uma natureza. Eu também reagiria. E eu acho que isso não altera em nada. A população normalmente faz isso. Eu não conheço nenhum ser humano, a não ser Cristo, que era perfeito, que não reaja às agressões", acrescentou Lupi.
O que diz Ciro Gomes?
Em um vídeo encaminhado pela assessoria de Ciro Gomes à reportagem do UOL, o presidenciável declarou que foi insultado e agredido pelos apoiadores do presidente, mas negou ter "batido boca" com os bolsonaristas. A declaração do pedetista foi dada ao Grupo Thathi de Ribeirão Preto.
"Um grupo de bolsonaristas, nazistas, falando de nordestino, vai embora, não sei o que e tal, e começa a insultar e agredir. Eu posso ser um covarde, sangue de barata e tal, e sair correndo, esse será outro Ciro Gomes. Não sai correndo, também não bati boca com ninguém, apenas chamei o Bolsonaro de ladrão porque eu sei que ele é ladrão. Eu sei que ele roubava, fui contemporâneo dele como deputado, ele roubava dinheiro da gasolina, eu sei que Bolsonaro é um grande corrupto. Ciro Gomes (PDT) explica confusão com bolsonaristas em evento
O presidenciável ainda comentou que a democracia precisa ser defendida e que o nazismo ocorreu em razão da não reação dos democratas ao grupo.
"A democracia, irmão, tem que ser defendida. O nazismo aconteceu porque esse tipo de gente começou a constranger as pessoas e os democratas não reagiram. Eu vou proteger a democracia brasileira e ninguém vai me desrespeitar andando nas ruas do Brasil, declarou Ciro.
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