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Kassab diz que Ciro é a 'única 3ª via', mas nega que tenha fechado parceria

Ciro Gomes, ex-ministro e presidenciável do PDT - Divulgação
Ciro Gomes, ex-ministro e presidenciável do PDT Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em Brasília

03/05/2022 15h43

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse hoje que "não é impossível" apoiar o pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, e afirmou que o vê como a única alternativa viável ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista à rádio Bandeirantes, o dirigente disse que Ciro precisa ter, até junho deste ano, ao menos 10% de intenções de voto na pesquisa espontânea, além de 15% no cenário estimulado, para ter chances de receber apoio do PSD, o que daria mais tempo de TV ao palanque do pedetista.

"Nenhum partido vai fazer aliança com um candidato como o Ciro se ele não chegar, no início de junho, a 15%, 16%. Não é fácil, com menos de 15%, conseguir alcançar o Bolsonaro. Bolsonaro e Lula estão com votos muito consolidados", comentou o presidente do PSD.

Depois de ficar sem nomes relevantes para a disputa presidencial, Kassab revelou que o partido caminha para não ter candidatura, de maneira que cada estado poderá ter a liberdade de fazer as alianças necessárias. "Eu acho que uma coligação com o Lula, no primeiro turno, é difícil. Também, com Bolsonaro, é difícil", continuou.

Ciro agradece 'franqueza' de Kassab

Por meio de suas redes sociais, Ciro agradeceu Kassab por suas palavras e reforçou o desejo de romper com a suposta polarização provocada pelo eleitorado de Lula e Bolsonaro.

"Obrigado meu amigo Kassab, por dizer em público o que você tem me dito, com muita franqueza, em particular. Digo aqui o que tenho sempre lhe dito: estamos crescendo e vamos surpreender. O Brasil precisa de nós para rompermos essa polarização odienta", escreveu.

No início de abril, após almoço com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Ciro havia dito que quer o apoio do PSD, mas afirmou que ainda era "cedo para definições" sobre aliança partidária com a sigla liderada por Kassab.

"O PSD tem sido conduzido de forma muito correta por meu amigo Gilberto Kassab. Se eu puder ter o apoio deles, eu ficaria muito feliz, mas é preciso amadurecer essa ideia de forma segura", disse o pedetista.

"Trocamos uma ideia sobre o Brasil e sobre o futuro. Pacheco poderia ser ele mesmo candidato a presidente do Brasil. É um quadro novo e de absoluta qualidade moral, intelectual e política", afirmou à época.