Poit critica salário policial, defende MBL e vê Novo como não bolsonarista
Deputado federal e pré-candidato ao governo de São Paulo, Vinícius Poit (Novo) criticou salário da Polícia Militar, disse, durante sabatina UOL/Folha, que o projeto de segurança pública "não está dando certo" e defendeu a atuação do MBL.
Minimizou as disputas internas no Novo, elogiou o único governador eleito pela legenda, Romeu Zema, em Minas Gerais, que concorre à reeleição, mas negou que a agremiação seja bolsonarista.
"De maneira alguma o novo é um partido bolsonarista", e acrescentou: "A gente apoiou [as propostas] não porque era o presidente, eram as pautas."
Como propostas para reprimir o crime, afirmou que "a polícia tem que ser ostensiva" e defendeu a manutenção das câmeras nas fardas. "Temos que aumentar o número de policiais nas ruas, mas melhorar a remuneração."
Hoje o governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), disse que o "policial vai reagir" se o bandido levantar a arma para ele, além de anunciar que vai dobrar o efetivo nas ruas.
Para Poit, essa iniciativa vai "fazer a polícia trabalhar na sua folga, sem remunerar melhor".
Poit também defendeu a ideia de disfarçar os policiais como cidadãos: "Se esse bandido quiser assaltar o policial, ele vai ter uma surpresa". "Temos que melhorar a remuneração, o treinamento, a capacitação psicológica, deixar ele [o policial] mais preparado."
MBL e 'Mamãe Falei'
Chamado a opinar sobre o caso de Arthur do Val, que havia tentado formar uma chapa com Poit como vice, ele disse apenas que "o caso está com os deputados da Alesp". Ele afirmou que votos que iriam para o ex-candidato possam migrar para sua campanha.
"Acredito que não tem muito mais do que falar desse episódio. Eu repudio as falas desse nesse áudio. Vida que segue para darmos bons exemplos na política."
Mas ele defendeu a atuação do MBL, que é a base de Do Val: "O MBL teve um papel importantíssimo na mobilização do impeachment lá atrás, tem um papel importantíssimo na mobilização dos jovens".
Poit aproveitou para elogiar o trabalho de Zema, único governador do Novo. "O que vamos fazer no estado é fazer o que já fazemos na Câmara, o que o Zema faz em Minas Gerais".
"O estado de Minas está gerando mais emprego no Brasil nos últimos meses. Isso é ser liberal. É gerar emprego, renda. É dinheiro no bolso do povo", afirmou.
Sobre o Novo, disse que "dos partidos que têm brigas, o nosso é o menor". "A gente vai aprendendo. Nosso partido pode ter conflitos, mas aprende com eles e melhora. Viremos muito forte para as eleições de 2022, com a maior chapa e com o maior número de mulheres."
Privatização da Sabesp
Dentro das propostas de governo, Poit colocou a privatização da Sabesp como uma das prioridades: "Tem que tirar do papel".
"A Sabesp é uma geradora de caixa para manter o mesmo partido no poder durante 30 anos. Se ela tem uma gestão mais eficiente, se ela é uma empresa lucrativa, no mínimo, dá pra baixar o custo da água. Isso dá pra fazer com a iniciativa privada."
A Sabesp poderia ser mais eficiente. Apesar de ser lucrativa, ela serve para deixar o governo rico."
Vinícius Poit, pré-candidato ao governo de SP pelo Novo
Além disso, quer transformar as cotas raciais nas universidades como algo transitório e usar situação econômica do estudante como critério de entrada.
"Para quem pode pagar, que pague. Quem não pode, que não tenha cobrança nenhuma."
Para o ex-governador João Doria, que deixou o cargo para tentar disputar a Presidência, sobraram críticas. Disse que "ser liberal não é aumentar impostos" e que "não tomou nenhuma ação por medo do desgaste político com as concessões".
"A coragem nunca existiu no governo do estado de SP. Nem nesse, nem em nenhum. Vamos sem rabo preso, sem ficar devendo favor para partido nenhum. É isso o que atrasa as privatizações."
A sabatina foi conduzida pelo apresentador Diego Sarza, ao lado do colunista do UOL Leonardo Sakamoto e da repórter da Folha Carolina Linhares.
Próximas sabatinas em SP
- Tarcísio de Freitas (Republicanos) - 05/05 - 10h
- Gabriel Colombo (PCB) - 05/05 - 16h
- Altino de Melo (PSTU) - 06/05 - 10h
- Fernando Haddad (PT) - 06/05 - 16h
O que diz a pesquisa Datafolha
O ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT) lidera a intenção de votos, com 29%. Em segundo lugar, está o ex-governador Márcio França (PSB), com 20%.
O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), têm um empate técnico, com 10% e 6%, respectivamente.
Vinicius Poit e Felicio Ramuth (PSD) têm 2% cada um. Abraham Weintraub (PMB) e Altino Junior (PSTU) marcam 1%. Todos estão empatados dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O instituto ouviu presencialmente 1.806 eleitores de 62 cidades paulistas entre 5 e 6 de abril. O levantamento tem índice de confiança de 95% e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-03189/2022.
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