Último dia para regularizar título tem 1,3 milhão atendimentos do TSE

No último dia para o fechamento do cadastro eleitoral para as eleições 2022, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contabilizou mais de 1,3 milhão de atendimentos de pessoas interessadas em tirar o título, regularizar a situação do documento ou transferir o local de votação.

Segundo o TSE, hoje foram realizados 830 mil atendimentos de forma virtual, por meio do Título Net, e outros 512 mil atendimentos de forma presencial. Nos últimos 31 dias, a Justiça Eleitoral superou as marcas históricas de atendimentos para a retirada e regularização do título, com 8.533.519 pedidos — desses, 4,5 milhões se deram por via presencial nos cartórios, e pouco mais de 4 milhões por meio on-line.

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Devido a alta demanda, o site do TSE passou por instabilidade na última segunda-feira (2) e chegou a ficar fora do ar, o que gerou reclamação por parte dos eleitores.

Famosos impulsionam busca de jovens pelo título de eleitor

Jovens de 16 e 17 anos, que têm direito ao voto facultativo, enfrentaram filas hoje, último dia para se inscrever como eleitores antes do pleito deste ano. Incentivados por campanhas de artistas, influenciadores e políticos nas redes sociais, os adolescentes se mobilizaram para se habilitar a votar. Disputaram espaço ao lado de adultos que não votaram em eleições passadas e por isso precisavam regularizar sua situação na Justiça Eleitoral.

Nas redes sociais, personalidades simpatizantes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou ao presidente Jair Bolsonaro (PL), disputam os cerca de 10 milhões de brasileiros com idade entre 16 e 17 anos.

Ícone do pop nacional, Anitta se tornou um dos principais nomes na conscientização da importância em retirar o título. Crítica de Bolsonaro, a funkeira ganhou o apoio da ex-BBB Juliette Freire, da cantora Pabllo Vittar e até do ator norte-americano Mark Ruffalo, intérprete do Hulk nas produções cinematográficas do Universo Cinematográfico Marvel.

O ator e ativista ambiental Leonardo DiCaprio também se empenhou para que os jovens brasileiros emitam o título, e despertou a ira de Jair Bolsonaro, que mandou o artista "ficar de boca fechada" e parar de falar "besteira" sobre a preservação no meio ambiente no Brasil.

Além disso, outro movimento que chamou a atenção foi a campanha "Tira Título Army", liderada por fãs do BTS, grupo de K-Pop que tem dominado a cultura pop internacional, com o propósito de incentivar essa parcela da população a fazer o alistamento eleitoral e votar no pleito deste ano.

O estímulo ao voto do eleitor jovem pode beneficiar Lula, atual líder na disputa pelo Palácio do Planalto. Segundo o Datafolha, o petista soma 51% da preferência do eleitorado jovem, enquanto o segundo colocado, Bolsonaro, contabiliza 22% dos votos entre os eleitores com idade de 16 a 24 anos.

*Com informações do Estadão Conteúdo