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Não faz sentido Alckmin se dizer socialista, diz pré-candidato do PSTU

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/05/2022 10h21Atualizada em 06/05/2022 11h40

Altino de Melo Prazeres (PSTU), pré-candidato ao governo de São Paulo, criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) e os partidos aos quais eles estão filiados.

"O Alckmin, que dirigiu um dos partidos mais burgueses de São Paulo, dizer que sentiu à vontade com a Internacional Socialista (o hino)... Ou não prestou atenção na letra, ou é jogo de marketing", afirmou, durante sabatina promovida pelo UOL em parceria com a Folha de S.Paulo.

Para Altino, o PT perdeu a característica de ser um partido com "independência de classe". "Hoje, se o PT tem um slogan, é: peão que é peão se junta com o patrão", criticou. "Nossa diferença com o PT é profunda, do ponto de vista de classe."

Na avaliação do pré-candidato, o PSB deixou de ser socialista, assim como a China também abandonou o ideal comunista. "Se a China for comunista, eu não sou. Se o Alckmin for socialista, eu não sou", pontuou.

Altino lembrou que, em 2013, quando Geraldo Alckmin era governador e Fernando Haddad era prefeito de São Paulo, eles estavam juntos "na mesma política".

"Eles aumentaram juntos a tarifa, eles botaram a polícia para reprimir os movimentos estudantis e outros movimentos que estavam lá", afirmou. "Alckmin, Lula e Haddad estão no mesmo projeto para a desgraça da classe trabalhadora."

O pré-candidato Altino de Melo é entrevistado por Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, e por Carolina Linhares, repórter da Folha de S.Paulo. A apresentação da sabatina cabe a Fabíola Cidral.

Próximas sabatinas em SP

  • Fernando Haddad (PT) - Hoje, às 16h (horário de Brasília)

O que diz a pesquisa Datafolha

Altino aparece com 1% das intenções de votos, mesma porcentagem apresentada por Abraham Weintraub (PMB). Vinicius Poit (Novo) e Felicio Ramuth (PSD) têm 2% cada um. Os quatro estão empatados dentro da margem de erro, de dois percentuais, para mais ou para menos.

Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, lidera as intenções de votos, com 29%. Em segundo lugar, está o ex-governador Márcio França (PSB), com 20%.

O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), têm um empate técnico, com 10% e 6% das intenções de voto, respectivamente.

O instituto ouviu presencialmente 1.806 eleitores de 62 cidades paulistas entre 5 e 6 de abril. O levantamento tem índice de confiança de 95% e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-03189/2022.