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Haddad: Judiciário tem enfrentado pressão enorme de militares bolsonaristas

Colaboração para o UOL

06/05/2022 17h08Atualizada em 06/05/2022 18h44

O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, disse, durante sabatina UOL/Folha realizada hoje, que o Poder Judiciário tem sofrido "pressão enorme" de militares apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Acho que o Poder Judiciário tem enfrentado pressão enorme, sobretudo de militares bolsonaristas que querem criar ambiente de golpe de Estado se o resultado não lhes for favorável. Eles imaginavam que, com o Auxílio Brasil, fossem reverter a desvantagem de Bolsonaro. Como isso não aconteceu, voltam a ameaçar o resultado das eleições", afirmou.

"Mas o povo não é bobo, o povo sabe que o Auxílio Brasil é o Bolsa Família com outro nome e sabem quem é o pai da mentira. Eles estão demonstrando certo desespero", acrescentou.

Ele descarta considerar a "eleição ganha", apesar da vantagem de Lula atualmente nas pesquisas. "Isso seria um erro muito grande da nossa parte. As armas com as quais o bolsonarismo luta não são da democracia. Eles não entraram em campo ainda com fake news, disparos em massa e dinheiro sujo."

O pré-candidato Fernando Haddad foi entrevistado por Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, e por Carolina Linhares, repórter da Folha de S.Paulo. A apresentação da sabatina ficou a cargo de Diego Sarza.

O que diz a pesquisa Datafolha

Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, lidera as intenções de votos, com 29%. Em segundo lugar, está o ex-governador Márcio França (PSB), com 20%.

Altino de Melo Prazeres (PSTU) aparece com 1% das intenções de votos, mesma porcentagem apresentada por Abraham Weintraub (PMB). Vinicius Poit (Novo) e Felicio Ramuth (PSD) têm 2% cada um. Os quatro estão empatados dentro da margem de erro, de dois percentuais, para mais ou para menos.

O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), têm um empate técnico, com 10% e 6% das intenções de voto, respectivamente.

O instituto ouviu presencialmente 1.806 eleitores de 62 cidades paulistas entre 5 e 6 de abril. O levantamento tem índice de confiança de 95% e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-03189.