Haddad promete rever contratos de pedágio e criar metas para policiais
O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, disse, durante sabatina realizada pelo UOL/Folha hoje, que vai rever contratos de pedágios feitos durante a gestão João Doria (PSDB).
"O governo do estado prorrogou contratos que venceriam só em 2028. Fico me perguntando o porquê de alguém fazer isso, prorrogar contratos que estão para vencer nem no próximo governo. Qual vantagem que o cidadão paulista teve com essa prorrogação? Essa empresa que está aí há décadas em São Paulo é a melhor para produzir as melhores tarifas e condições de trafegabilidade no estado de São Paulo?"
"Se eleito governador, pode ter certeza que vou explorar todas as possibilidades legais para trazer benefícios ao cidadão paulista", acrescentou o petista.
O ex-prefeito disse ainda que vai manter as câmeras nas fardas dos policiais e prometeu uma série de reformas na Polícia Militar.
"Eu vou fazer um plano de metas, que vai considerar os crimes mais graves, que mais chocam a população. Vou 'botar' o número de crimes cometidos no ano anterior e fixar metas de redução de criminalidade", começou.
Também afirmou que criaria metas de resolução de crimes. "Não adianta só reduzir o crime e deixar sem resolução. E vou associar esse plano de metas ao plano de trabalho da segurança", acrescentando que vai melhorar a remuneração, os equipamentos e o treinamento para os profissionais.
Durante a sabatina, o pré-candidato afirmou que irá voltar com o programa "De Braços Abertos" para tentar solucionar a situação na "cracolândia", na região da Luz, na capital paulista.
"Trabalho, tratamento e teto, é isso que tira as pessoas das drogas. Dar dignidade às pessoas. Não é aquilo que está acontecendo hoje na praça Vila Isabel, onde parece um cenário de guerra", afirmou.
Ele foi entrevistado por Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, e por Carolina Linhares, repórter da Folha de S.Paulo. A apresentação da sabatina ficou a cargo de Diego Sarza.
O que diz a pesquisa Datafolha
Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, lidera as intenções de votos, com 29%. Em segundo lugar, está o ex-governador Márcio França (PSB), com 20%.
Altino de Melo Prazeres (PSTU) aparece com 1% das intenções de votos, mesma porcentagem apresentada por Abraham Weintraub (PMB). Vinicius Poit (Novo) e Felicio Ramuth (PSD) têm 2% cada um. Os quatro estão empatados dentro da margem de erro, de dois percentuais, para mais ou para menos.
O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), têm um empate técnico, com 10% e 6% das intenções de voto, respectivamente.
O instituto ouviu presencialmente 1.806 eleitores de 62 cidades paulistas entre 5 e 6 de abril. O levantamento tem índice de confiança de 95% e está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-03189/2022.
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