Chapa Lula-Alckmin será lançada com 7 partidos em festa para militantes

O lançamento da chapa do ex-presidente Lula (PT) à presidência da República vai reunir pelo menos sete partidos e diversas caravanas de militantes neste sábado, no Expo Center Norte, zona norte de São Paulo. São esperadas cerca de 4 mil pessoas.

O objetivo do PT é fazer uma grande festa que mostre, ao mesmo tempo, as forças política e popular do ex-presidente e o apoio à chapa com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB). Militantes de todo o país foram convocados e, segundo relatos ouvidos pelo UOL, parte teve de ser barrada por falta de espaço.

O ato, marcado para as 10h, irá reunir lideranças e parlamentares do PCdoB e PV, que formaram a federação do PT; do PSB e dos apoiadores PSOL, Rede e Solidariedade, que já formalizaram apoio em eventos próprios com a presença de Lula.

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A expectativa é que dure até o fim da tarde com discursos, lançamento de jingle e seja encerrado com as falas de Alckmin e Lula, nesta sequência. Toda a bancada do PT no Congresso e governadores, como Rui Costa (BA), e ex-governadores do partido, como Wellington Dias (PI) e Camilo Santana (CE), deverão estar presentes.

Também deverão estar presentes os pré-candidatos a governos que compõem a frente de apoio a Lula, como Fernando Haddad (PT), em São Paulo; Marcelo Freixo (PSB), no Rio de Janeiro; Roberto Requião (PT), no Paraná; e Danilo Cabral (PSB), em Pernambuco.

Entre os partidos apoiadores de outros partidos, já estão confirmadas as presenças de Guilherme Boulos (PSOL), do ex-governador maranhense Flávio Dino (PSB), dos deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Paulinho da Força (SD-SP) e do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

São esperados ainda membros de partidos que não estão oficialmente coligados com o PT, mas que apresentam apoio local, como o MDB no Nordeste e o PSD no Amazonas e na Bahia.

Na última terça (3), no evento de oficialização de apoio do Solidariedade, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse já ter consolidado junto ao ex-ministro Giberto Kassab, que, sem candidato próprio, o apoio da sigla no estado é de Lula. Ele não confirmou se iria ao evento, também não descartou.

Ato para convocação da militância

No partido, o evento é visto como o grande ato de convocação da militância em prol da chapa. Na prática, Lula já tem sido tratado como pré-candidato e Alckmin como vice, mas, até então, a maioria dos eventos têm tido perfil político, como reuniões de apoios de partido e jantares com aliados —quase todos eles em São Paulo ou em Brasília.

Agora, o ex-presidente deverá intensificar agendas com palanques, como aconteceu no 1º de Maio na Praça Charles Miller, em São Paulo, e na ocupação Vila Soma, em Sumaré (SP), na quinta-feira (5), além de rodar o país.

O primeiro destino será Minas Gerais já na próxima segunda (9). Sem pré-candidato ao governo estadual, o PT negocia apoio ao prefeito belo-horizontino Alexandre Kalil (PSD) com o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) como pré-candidato ao Senado.

Uma das preocupações da campanha, no entanto, é tentar não incorrer em propaganda eleitoral antecipada. Até as convenções partidárias nacionais, entre o fim de julho e começo de agosto, os presidenciáveis não podem ser tratados oficialmente como candidatos nem pedir votos.

Por isso, dizem membros do partido, o evento de sábado será uma grande celebração em torno de Lula, com discursos, músicas e até a possível presença de grandes artistas nacionais.