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Pacheco: Contagem de votos cabe ao TSE e questionamentos atrapalham

18.nov.2021 - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão na Casa - Waldemir Barreto/Agência Senado
18.nov.2021 - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante sessão na Casa Imagem: Waldemir Barreto/Agência Senado

Colaboração para o UOL

06/05/2022 17h58Atualizada em 06/05/2022 17h59

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ressaltou, durante coletiva de imprensa hoje, que a contagem de votos durante as eleições deve ser feita pela Justiça Eleitoral. O senador foi questionado sobre o anúncio de que o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), quer auditar o pleito.

"Considero que a responsabilidade pelo processo eleitoral cabe a uma justiça especializada no Brasil, que é a liderada pelo TSE. [...] Não cabe a nenhuma entidade privada ou instituição a participação na contagem ou recontagem de votos porque isso é pela Justiça Eleitoral", afirmou Pacheco.

Em transmissão nas redes sociais ontem, Bolsonaro voltou a atacar sem provas o sistema eleitoral brasileiro e disse que informou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para o partido contratar uma empresa externa para fazer auditoria "antes das eleições" de outubro deste ano. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já faz uma auditoria antes, durante e depois da votação, e partidos políticos podem participar de todo o processo.

"É absolutamente legítima a participação privada dentro de limites, que, obviamente, não é a contagem de votos", acrescentou o presidente do Senado.

Destruir provas da CPI da Covid não é absurdo, diz Pacheco

Durante a coletiva de imprensa, o presidente do Senado também minimizou a repercussão da destruição de provas colhidas durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Pandemia. Pacheco acatou uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

"É uma decisão judicial que não tem nada de absurdo nela, que determina a inutilização de provas não utilizadas por uma instância que já se encerrou, até para preservação do devido processo legal, que essas provas não utilizadas sejam inutilizadas. As provas do relatório estão preservadas", disse.

A destruição estava prevista para esta tarde, mas foi adiada, segundo Pacheco, porque nem todos os envolvidos haviam sido notificados. As informações que serão destruídas envolvem a empresa OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda. e o site Brasil Paralelo, apoiador do governo Bolsonaro. Nenhuma das duas empresas foi citada no relatório final da CPI da Covid e seus representantes podem participar do ato.

Na entrevista coletiva, Pacheco ainda disse que é preciso analisar com cautela o fim do teto de gastos para o Auxílio Brasil. "Não podemos firmar posição, porque temos compromisso com responsabilidade fiscal e teto de gastos públicos. [...] Agora, uma premissa fundamental, o Auxílio Brasil é principal objetivo, ele precisa ser concretizado e não pode faltar nesse kit mínimo de 400 reais."