Polícia Federal chama partidos para discutir segurança de presidenciáveis
A Polícia Federal está desde ontem convocando presidentes dos partidos políticos para um reunião que tratará sobre a segurança dos pré-candidatos a Presidente da República e todos os detalhes que envolverão o planejamento destas ações, como o número de agentes dedicados a cada um (a).
A corporação já estima em 30 o número de policiais para cada candidato, número esse que pode se diferenciar a depender do risco analisado.
Esta reunião já teria até mesmo uma data marcada: o dia 31 de maio, às 10h30 na sede da PF em Brasília.
A Polícia Federal está antecipando o planejamento das ações para que haja tempo viável para a discussão e implementação do que foi definido em uma campanha eleitoral marcada pela polarização, por ameaças generalizadas e ao curto período de tempo entre a oficialização das candidaturas, em 5 de agosto, e o início da campanha em si, no dia 16 do mesmo mês.
Episódios recentes de violência política
Há 4 anos, no ano das últimas eleições federais no país, episódios de violência política foram marcantes e seguem repercutindo até hoje. Em março, a vereadora Marielle Franco, do PSOL, foi assassinada a tiros, junto de seu motorista, Anderson Gomes. O crime até hoje segue sem resolução.
Já na campanha, o então candidato Jair Bolsonaro sofreu uma facada de Adélio Bispo e correu risco de morte. O autor do crime agiu sozinho, segundo a PF, e foi considerado inimputável por sofrer de distúrbios mentais.
Além disso, uma caravana do ex-presidente Lula foi atacada com tiros no começo de 2018. Dois ônibus foram atingidos, sendo um com 3 tiros e o outro com 1.
Uma pesquisa recente, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, mostrou que casos de violência contra políticos aumentaram 48,7% no primeiro trimestre de 2022 em comparação ao último trimestre de 2021. Foram registrados 113 casos de violência.
Entre todas as formas de violência, os homicídios foram contabilizados 21 vezes, sendo 6 deles apenas na Bahia, estado com maior número de assassinatos. O PT foi o partido mais atingido por episódios violentos, com 10 casos. Outros 22 partidos também foram vítimas. O levantamento da Universidade é feito desde janeiro de 2019. Desde então, foram registrados 1.108 casos de violência política.
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