Datena critica Costa Neto, presidente do PL: 'Saiu da cadeia outro dia'
O apresentador José Luiz Datena (PSC), pré-candidato ao Senado por São Paulo, criticou Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido do atual mandatário Jair Bolsonaro. A reação ocorreu após a revista Veja noticiar que Costa Neto teria declarado que Datena não contaria com candidatura solidificada por causa de "coisa no passado" e que o comunicador já criticou diversos políticos — o que poderia ser um impasse para ganhar a disputa.
"Ele [Valdemar Costa Neto] saiu da cadeia outro dia", rebateu Datena em declaração à Veja. Costa Neto foi um dos pivôs do Mensalão — pelo qual foi preso e condenado.
Segundo a revista, o comentário de Costa Neto sobre o "passado" do pré-candidato ocorreu hoje durante um almoço realizado pela Esfera Brasil. No evento, o líder do PL pontuou essa questão, mas disse que torce pela candidatura do apresentador e que o comunicador seria "imbatível" nas urnas.
Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o apresentador sairá como candidato ao Senado Federal na chapa do ex-ministro e candidato ao governo de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), que é apoiado pelo atual mandatário. A declaração do presidente foi concedida à CNN Brasil.
Não pode o Valdemar Costa Neto dizer que eu tenho coisa no passado. Se ele acha isso, manda ele dizer. Eu sei o que ele tem no passado, ele saiu da cadeia outro dia. O Brasil inteiro sabe. Manda ele dizer o que eu tenho no passado. Não venha falar do meu passado, que meu passado eu procuro mantê-lo ilibado. Não pode o cara que saiu da cadeia me encher o saco. Datena em declaração à Veja antes de entrar ao vivo em seu programa
Já durante o Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, Datena afirmou que "bandidos" que "saíram da cadeia outro dia falando bobagem da vida dos outros". Ele não citou o nome de Costa Neto.
À revista, o apresentador não confirmou a sua candidatura. O pré-candidato já esteve na lista de candidatos nos pleitos de 2016, 2018 e 2020, mas desistiu de concorrer.
"Se eu tiver que ser candidato, o presidente quiser, o Tarcísio quiser, eu serei. Se não quiserem que não seja, não serei, mais uma vez a política vai me jogar para fora", concluiu.
Pesquisa realizada pelo Instituto Quaest, contratada pelo Banco Genial e divulgada na última semana, mostrou o apresentador na liderança para o Senado em São Paulo, com 28% das intenções de voto. Ele é seguido pelo ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), com 16%, em um dos cenários testados na pesquisa estimulada — quando os nomes dos pré-candidatos são apresentados ao eleitor.
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