Moro diz ser 'provável' que dispute o Senado pelo União Brasil em São Paulo
O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) disse hoje ser "possível e provável" que ele dispute uma vaga no Senado por São Paulo nas eleições deste ano. Moro também não descartou ser candidato para outro cargo.
"Estou hoje em São Paulo, estou construindo aqui um espaço. Isso precisa ser construindo, evidentemente, dentro do partido [União Brasil], mas é possível, é provável que eu seja candidato ao Senado por São Paulo. Mas isso ainda está em uma construção. Posso ser também candidato a uma outra posição", admitiu, em entrevista ao programa Morning News, da web rádio Insuperável.
Moro explicava por que mudou de partido, e justificou que o Podemos "estava ficando isolado dos outros partidos" na construção da chamada terceira via. O ex-ministro da Justiça também defendeu a importância de "romper a polarização" entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência.
"Surgiu essa possibilidade de ir para o União Brasil, com a expectativa de ajudar na criação dessa candidatura única, ou um projeto que tivesse condições de romper a polarização. E por isso a gente fez esse movimento, e é para isso que a gente trabalha. O partido depois acabou escolhendo como pré-candidato o Luciano Bivar, e essa é a situação que se apresenta hoje. De todo modo eu continuo na vida pública", disse.
Moro fez a troca de legenda no penúltimo dia da janela partidária. Antes, o ex-ministro estava filiado ao Podemos e oscilava entre a 3ª e a 4ª colocação nas pesquisas.
Quando mudou para o União Brasil, ele disse ter desistido de disputar a Presidência da República. Depois, convocou a imprensa e disse que "não desistiu de nada", mas que também não seria candidato a deputado federal. À época, o partido divulgou comunicado explicando que o convite feito a Moro foi para concorrer à vaga na Câmara dos Deputados ou, eventualmente, ao Senado.
"O União Brasil São Paulo reafirma que a filiação do ex-juiz Sérgio Moro se deu com a concordância de um projeto pelo estado de São Paulo, isto é, deputado estadual, deputado federal ou, eventualmente, Senado. Em caso de insistência em um projeto Nacional, o partido vai impugnar a ficha de filiação de Moro", diz trecho assinado por Alexandre Leite, deputado federal e tesoureiro do União Brasil.
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