Justiça Eleitoral agirá contra milícias digitais nas eleições, diz Moraes
O vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, afirmou que a Justiça Eleitoral vai agir para barrar a ação de milícias digitais durante as eleições deste ano. Moraes participou de um evento organizado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nesta sexta-feira (20). O ministro deve se tornar presidente do TSE em agosto, quando substituirá o presidente atual, Edson Fachin.
"O que a Justiça Eleitoral vai garantir é que o voto colocado na urna eletrônica seja o voto computado e que esse voto colocado não sofra coação das milícias digitais. É isso que nós vamos garantir", afirma Moraes.
O ministro disse que as milícias digitais atuam para deslegitimar três pilares das sociedades ocidentais: a imprensa, as eleições diretas e periódicas e o Poder Judiciário independente.
Moraes afirmo que, em 2018, o Judiciário não tinha noção do tamanho das milícias e que elas foram subestimadas. Em 2022, o objetivo é impedir a atuação delas.
"Agora nós conhecemos o mecanismo. O grande desafio vai ser dar uma resposta rápida, para verificar, brecar e sancionar, para não deixar isso proliferar às vésperas da eleição", disse.
De acordo com Moraes, as milícias digitais vão atuar para deslegitimar as eleições independentemente da forma como o pleito seja realizado.
"O problema não é o voto pelo correio, o voto escrito, a urna eletrônica. O problema dessas milícias é atacar a legitimidade das eleições. Pegam o instrumento das eleições e atacam. Se mudar o instrumento, vão continuar atacando para deslegitimar", afirma.
O foco das eleições, para a Justiça Eleitoral, é garantir a lisura do processo. "Pouco importa quem vai vencer as eleições, desde que não utilizem mecanismos fraudulentos, que respeitem a democracia e a Constituição", afirma Moraes.
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