Bolsonaro ironiza desistência de Doria: 'Abro mão do cinturão do UFC'
O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a desistência do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) da candidatura à Presidência neste ano. No Twitter o chefe do Executivo disse que está "abrindo mão da disputa do cinturão dos pesos médios no UFC" e fez uma série de publicações sobre o investimento do governo federal em esporte, acesso a água e obras.
Doria foi pressionado pelo partido para que desistisse da campanha, e comunicou a decisão hoje. A cúpula tucana praticamente chegou a um consenso sobre o apoio à candidatura da senadora Simone Tebet (MDB).
Serenamente entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB
João Doria, ex-governador de São Paulo
As últimas pesquisas de intenção de votos mostravam Doria figurando no quarto lugar, ou empatado tecnicamente com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na terceira posição, sem alcançar os dois dígitos. No levantamento da Ipespe contratada pela XP Investimentos divulgada no último dia 20, mostrava o ex-governador de SP com 4% dos votos.
Aliados elogiam Doria e presidente do PSDB sugere 'aglutinar' Bivar e Ciro à 3ª via
Aliados do ex-governador João Doria (PSDB-SP) lamentaram a desistência, enquanto bolsonaristas comemoraram nas redes sociais. Em seu perfil no Twitter, a deputada federal Joice Hasselmann (PSDB-SP) disse que com a saída de Doria da disputa "perde o PSDB, perde o Brasil. "Os extremos, por hoje, comemoram", escreveu.
Já o senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que "a conta do autoritarismo é a impopularidade". Ele lamentou que Doria não tenha desistido quando medidas de isolamento social estavam sendo adotadas por conta da pandemia de covid-19, e usou termos exagerados para se referir às medidas, dizendo que Doria mandou soldar portas de comércio e prender pessoas que estavam nas ruas, o que não aconteceu.
O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, defendeu uma "aglutinação" de outros pré-candidatos ao projeto de "terceira via" construído pelo partido junto ao MDB e ao Cidadania. Entre os nomes citados, estão Luciano Bivar, pré-candidato pelo União Brasil, e Ciro Gomes, nome do PDT para a disputa do Planalto.
"É possível a política encontrar o caminho da solução. Conclamamos a outros partidos que possam se incorporar em algo que quebre a polarização", disse Araújo, referindo-se à preferência atual dos eleitores pelos nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo as últimas pesquisas eleitorais.
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