Topo

'Forças Armadas cumprirão a lei na eleição’, diz comandante da FAB

O comandante da FAB, Carlos Almeida Baptista Jr - Divulgação: Sgt. Johnson Barros (FAB)
O comandante da FAB, Carlos Almeida Baptista Jr Imagem: Divulgação: Sgt. Johnson Barros (FAB)

Colaboração para o UOL, em Maceió

23/05/2022 16h27

O comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), brigadeiro Baptista Júnior, afirmou que o papel das Forças Armadas no pleito presidencial deste ano é fazer cumprir a lei, independentemente de quem saia vencedor nas urnas.

Ao ser questionado por jornalistas sobre qual será a posição das Forças Armadas caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja derrotado, Baptista Júnior destacou que a FAB é "legalista" e assegurou que "cumprirá as leis".

Segundo o brigadeiro, as três Forças, (Aeronáutica, Marinha e Exército) vão se unir, sob a coordenação do Ministério da Defesa, para auxiliar nas eleições previstas para acontecer em outubro. O comandante também frisou que todos os votos dos brasileiros são importantes e muito "caros" para as instituições.

"Fazemos uma operação chamada GVA (Garantia de Votação e da Apuração), em todas as eleições. Garantir que não [vá] ter confusão, que vai ser feito em clima de tranquilidade a votação. Nós usamos todos os meios das três Forças", declarou.

As Forças Armadas são responsáveis por auxiliar na logística das eleições, como, por exemplos, o transporte das urnas eletrônicas para todo o país.

Neste ano, as Forças também compõem o CTA (Comissão de Transparência das Eleições), criada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para que haja acompanhamento e monitoramento do processo eleitoral, e estão representadas pelo general Heber Garcia Portella. A Comissão foi criada após Bolsonaro, sem provas, fazer sucessivos ataques ao sistema eleitoral brasileiro.

Bolsonaro questionou lisura das urnas

Há meses, o presidente Jair Bolsonaro tem feito reiterados ataques as urnas eletrônicas e aos ministros do TSE, Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Sem provas, o mandatário questiona a credibilidade do sistema eleitoral do país e, sem obter êxito, tentou implantar o voto impresso, mas foi impedido pelo Congresso.

Na semana passada, Bolsonaro fez novas críticas a Alexandre de Moraes, seu maior desafeto, e acusou o ministro de se comportar como um líder de partido de esquerda e de oposição. O chefe do Executivo também criticou Barroso e Fachin.

"Temos três ministros que infernizam não o presidente, mas o Brasil: Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes. Esse último é o mais ativo e se comporta como o líder de partido de esquerda e de oposição o tempo todo", declarou o presidente em entrevista ao Correio de Manhã. "O poder mais forte nesse momento da República é o Supremo", acrescentou.

Em busca da reeleição, Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a disputa. Recentemente, o petista mandou um recado para seu adversário, e afirmou que não adianta ele "desconfiar das urnas", pois o real medo de Bolsonaro é perder o pleito e "ser preso".