Bolsonaro critica quem vota nulo, mas diz que não está pedindo voto
Em conversa com apoiadores no "cercadinho" do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou eleitores que votam nulo, mas afirmou não estar pedindo votos. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permite que as campanhas para as eleições comecem só a partir do dia 16 de agosto.
"Não se esqueçam que vocês são responsáveis pelas suas decisões. Igual casamento, o cara casa errado, começa torto. Ou vota com raivinha, ou não vota em ninguém", falou.
"Quem não vota em ninguém está deixando que o outro escolha por ele. Não precisa votar em mim não, não estou pedindo voto", completou o chefe do Executivo.
Com algumas pesquisas eleitorais apontando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia vencer as eleições em primeiro turno, conquistar os eleitores que anulam o voto seria capaz de tornar a situação mais favorável para Bolsonaro, que geralmente aparece em segundo lugar nas simulações.
Inflação e alfinetada
Novamente, Bolsonaro se isentou pela alta da inflação e atribuiu a subida apenas a fatores externos, como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
O presidente afirmou estar fazendo sua parte, mas que não governa o mundo inteiro. "Tem um cara que diz que vai [resolver o mundo] tomando cerveja", falou, em possível referência a Lula, seu maior rival no pleito de outubro.
O chefe do Executivo não comentou com os apoiadores sobre a mais recente troca na presidência da Petrobras, anunciada ontem à noite. Foi a terceira no governo dele e a segunda apenas este ano.
No "cercadinho", Bolsonaro alfinetou governos de esquerda ao redor do mundo pelos "discurso fáceis, como que a gasolina vai voltar a ser R$ 3 o litro? Está no mundo todo R$ 12, só aqui vai voltar a R$ 3", ironizou e reforçou que isso não é uma promessa feita por ele.
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