Ciro Gomes diz que até 15% dos eleitores brasileiros são 'nazistas'
O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou, hoje, durante uma entrevista para a Rádio CBN de Campinas, que de 10 a 15% dos eleitores brasileiros são "nazistas" ou "fascistas". Após a repercussão, na noite de hoje, Ciro publicou no Twitter que não acusou "o eleitorado de Bolsonaro de nazista".
Ele havia sido questionado sobre as razões de o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo, figurar nas primeiras posições das pesquisas eleitorais, próximo ao segundo lugar, com porcentagem próxima a 15%.
"O Brasil tem 10%, 12%, 15%, de eleitores que se identificam com [o presidente Jair] Bolsonaro. São nazistas mesmo, fascistas. São anticiência, são homofóbicos. Acreditam na terra plana", respondeu Ciro.
Para o pedetista, isso explicaria por que o candidato aliado a Bolsonaro estaria com chances de vitória.
Sobre o seu próprio desempenho nas pesquisas eleitorais, Ciro disse acreditar que a população só passará a prestar, de fato, atenção no pleito a partir de agosto, quando começar a campanha eleitoral oficialmente, inclusive o horário eleitoral na televisão e rádio.
A ideia do pedetista é cativar o eleitorado que não se identifica com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está com 48% das intenções de voto no primeiro turno, segundo o Datafolha, nem com Bolsonaro (PL), que marca 27% na mesma pesquisa. De acordo com o levantamento, Ciro Gomes está em terceiro lugar, com 7%.
Ainda sobre as eleições, ele afirmou que parte do eleitorado vota hoje em Bolsonaro por rejeitar Lula, e que sua chance seria transformar as eleições em um "plebiscito de ideias".
Ciro também disse que Lula teria um "gabinete do ódio", como o atual presidente, responsável por criar fake news — entre elas a de que o presidente do PDT, Carlos Lupi, estaria tentado a negociar com o PT.
Pedetista fala em declaração 'distorcida'
Na noite de hoje, Ciro publicou no Twitter que houve uma "manchete distorcida do site da CNN criada a partir de uma entrevista em Campinas" e argumentou que não acusou "o eleitorado de Bolsonaro de nazista".
"Aproveitei pra esclarecer uma manchete distorcida do site da CNN criada a partir de uma entrevista em Campinas. Não acusei o eleitorado de Bolsonaro de nazista, mas apontei a existência de grupos fascistas e neonazistas que lhe apoiam. Entre uma coisa e outra, há muita diferença", comentou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.