Ex de Bolsonaro propõe aliança com Michelle para ajudar na reeleição
A segunda mulher do presidente Jair Bolsonaro (PL), a advogada Ana Cristina Siqueira Valle, publicou um stories no Instagram para propor uma aliança com a primeira-dama, Michelle, para ajudar na reeleição do chefe do Executivo no pleito deste ano. Ana Cristina é investigada por suspeita de envolvimento com o esquema de "rachadinha", entrega ilegal dos salários de funcionários dos gabinetes da família.
Na postagem, Ana Cristina colocou um print de uma matéria da Revista Veja que apontou que Michelle estaria trabalhando para impedir o trânsito da advogada, bem como de Rogéria Bolsonaro, primeira esposa do atual mandatário, no Palácio do Planalto. Ana Cristina é mãe de Jair Renan e Rogéria tem três filhos com o presidente: o senador Flávio (PL-RJ), o deputado federal Eduardo (PL-SP) e Carlos (PP), vereador do Rio.
"A respeito desta matéria não consigo entender a preocupação dela comigo. Tenho vida própria e respeito pelo meu ex. Só quero ajudar. Não seria melhor sermos aliadas para a reeleição do nosso presidente?", escreveu Ana Cristina, que é pré-candidata a deputada distrital pelo PP, no Distrito Federal.
Michelle se filiou ao PL, partido do marido, esta semana. Ainda não há confirmação oficial, mas nos bastidores comentam que a filiação ocorreu para ela poder participar das propagandas eleitorais ao lado de Bolsonaro.
A primeira-dama tem sido apontada por interlocutores bolsonaristas como um "ativo eleitoral" com potencial para ajudar o presidente a atingir eleitores que hoje rejeitam a ideia de votar nele.
Pesquisa
Pesquisa Datafolha contratada e divulgada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida eleitoral de 2022 para Presidência da República e venceria o pleito em primeiro turno. O petista aparece com 48% das intenções de voto.
Com 48%, Lula possui mais intenções de voto do que os demais pré-candidatos somados (40%) e, por isso, vence em primeiro turno. Levando em conta apenas os votos válidos (exclui-se votos nulos, brancos e não sabem), o petista chega a 54%, enquanto Bolsonaro alcança 30%.
*Com Beatriz Gomes, do UOL, em São Paulo
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