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Ciro: Ausência de Lula e Bolsonaro em debates é 'crime contra democracia'

Foto de 2018 mostra o pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, discursando em evento - José Cruz/Agência Brasil
Foto de 2018 mostra o pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, discursando em evento Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

31/05/2022 20h49

Ciro Gomes, presidenciável do PDT, criticou a postura dos dois líderes das pesquisas de intenção de voto para o Planalto este ano, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), pela aparente recusa de participarem de debates presidenciais.

"Em um momento de grave crise econômica, social e política, não aceitar participar de debates em uma eleição para a Presidência da República é um crime contra a própria democracia", falou para o jornal O Globo.

O pedetista disse ainda que Lula e Bolsonaro estariam "combinando" de faltar os debates, "demonstrando o desprezo que eles têm para a confrontação de ideias".

Bolsonaro afirmou hoje, em entrevista à Rádio Massa FM, que só pretende participar de debates em um eventual segundo turno da eleição e disse que ainda irá "pensar" sobre a ida a debates de primeiro turno, mas que não deve agir assim por receio de se tornar o alvo preferencial de todos os concorrentes.

"No segundo turno eu vou participar. Se eu for para o segundo turno, devo ir né, vou participar", disse o pré-candidato à reeleição em outubro.

Informações de bastidores apontam que Lula, líder das pesquisas, deseja reduzir a quantidade de debates em que vai —até agora, ao menos 9 estão marcados para o primeiro turno e outros seis foram agendados para a segunda etapa eleitoral.

Nas pesquisas de intenção de voto, Ciro costuma a aparecer no terceiro lugar. Quando João Doria (PSDB) e Sergio Moro (União Brasil) estavam na corrida, o pedetista chegou a empatar com eles em algumas simulações.

Simone Tebet (MDB), a provável representante da chamada terceira via, ainda não pontuou o suficiente para tomar o lugar de Ciro atrás, respectivamente, de Lula e Bolsonaro.