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Marçal pede desculpas a Malafaia e Bolsonaro após críticas: 'É o atual rei'

Pablo Marçal havia publicado vídeo atacando Silas Malafaia após ser criticado pelo pastor em culto - Divulgação
Pablo Marçal havia publicado vídeo atacando Silas Malafaia após ser criticado pelo pastor em culto Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

01/06/2022 11h50

O pré-candidato à Presidência da República Pablo Marçal (Pros) publicou ontem um vídeo em seu canal no Youtube pedindo desculpas ao pastor evangélico Silas Malafaia. Marçal se retratou após ter ameaçado expor o religioso e ter criticado a cobrança do dízimo. O presidenciável ainda se desculpou com o presidente Jair Bolsonaro (PL) por tê-lo associado a ditadores.

"Eu entrei para política agora, esse ano, e eu percebi que para prosperar a gente não pode mexer com isso [o dízimo]. Então não quero ser antagônico", disse. "Quando eu percebi que eu estava brigando em família com alguém, eu decidi voltar atrás. Então eu quero pedir perdão número um para o Silas Malafaia."

Em seguida, Marçal disse que "se sentiu amado" pelo pastor ter dedicado três cultos a ele. Apesar do tom amistoso, a fala pode ser interpretada como uma ironia, uma vez que a briga pública dos dois começou a partir de críticas ao pré-candidato feitas por Malafaia durante cultos na Assembleia de Deus.

O influenciador digital também compartilhou um áudio que Silas Malafaia o enviou e que ele alega que não tinha ouvido antes. Nele, Malafaia estaria comparando Marçal a um personagem bíblico que "recebeu unção de rei", mas quis ser sacerdote. "Você vai se quebrar", diz o pastor.

O pré-candidato afirma que não chegou a responder a esta mensagem porque foi bloqueado por Malafaia no WhatsApp. Ele aproveitou o momento de pedidos de desculpas para pedir o desbloqueio no celular do pastor.

Depois das declarações, Silas Malafaia voltou a se manifestar, avisando que hoje vai responder ao "pseudopedido de perdão", demonstrando que não pretende reatar as relações.

Bolsonaro é rei, diz pré-candidato

No mesmo vídeo, Pablo Marçal pediu desculpas ao presidente Jair Bolsonaro, a quem ele acusou de apoiar ditadores, e ao youtuber Nando Moura, a quem ele havia dedicado outro vídeo. O vídeo inicial contra Malafaia também foi removido de seu canal no Youtube.

Ao falar sobre Bolsonaro, Marçal também usou uma frase irônica: "Me perdoe ter falado qualquer coisa, você é o governador, você é o atual rei, né? Na democracia a gente chama de presidente."

Entenda a briga entre Marçal e Malafaia

No dia 26 de maio, Pablo Marçal publicou um vídeo em seu canal no Youtube rebatendo Silas Malafaia por críticas que o pastor fez a ele durante um culto na Assembleia de Deus. Xingando Malafaia de "pessoa desbaratinada", o pré-candidato do Pros afirmou que Malafaia estaria tirando o "dízimo do templo", ao dedicar tempo de seu culto para falar sobre ele.

Durante o vídeo, o influenciador digital ameaçou Silas Malafaia diversas vezes, afirmando que iria revelar informações privadas sobre o pastor, como "seu grau de maçonaria" e o golpe de bitcoin supostamente aplicado pelo sócio de Malafaia, Francis Silva.

No dia seguinte, a briga continuou de forma pública quando Malafaia também publicou um vídeo na mesma plataforma rebatendo Marçal. Ele expôs conversas que teve com o pré-candidato segundo as quais o pré-candidato demonstraria admiração ao pastor, dizendo que Marçal é contraditório.

Malafaia também o apelidou de "pablociolo", em uma comparação com o ex-pré-candidato à Presidência Pablo Daciolo, dizendo que eles têm a mesma "megalomania".

No Twitter, ele ainda mandou outro recado a Marçal: "AVISEM AO PABLOCIOLO! A cereja do bolo está guardada . Ele que me calunie mais uma vez que será desmoralizado definitivamente".