'Faraó dos Bitcoins' anuncia pré-candidatura a deputado federal pelo Rio
Glaidson Acácio, ex-garçom e ex-pastor, conhecido como "Faraó dos Bitcoins", anunciou a pré-candidatura a deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. Filiado desde abril ao Democracia Cristã, ele está preso no Complexo de Gericinó, em Bangu.
"Se engana quem me chama de ex-garçom, quando, na verdade, sou um eterno garçom. Agora com a futura missão de servir ao Estado do Rio de Janeiro e ao Brasil", dizia uma mensagem postada no Instagram.
Acácio está em prisão preventiva e aguarda julgamento. Com isso, como não há condenação em nenhuma instância, ele pode vir a concorrer. A Lei da Ficha Limpa só impede candidaturas de condenados em segunda instância. Mas ele pode vir a ser condenado nos processos em que é réu até a data de registro da candidatura, que acontece no segundo semestre, e a candidatura pode ser indeferida.
O Democracia Cristã afirma que, pelo fato de não haver condenações ao "Faraó", ele deve ter os direitos políticos assegurados.
O "Faraó dos Bitcoins" é acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro em sua empresa, a GAS Consultoria. Ele e outras 21 pessoas foram indiciadas por participação em organização criminosa, gestão fraudulenta e violação do sistema financeiro nacional. O apelido de Faraó vem dos indícios de supostos esquemas de pirâmide.
Glaidson e sua empresa já ultrapassaram 300 processos recebidos no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e R$ 38 bilhões foram bloqueados da GAS.
Além dos supostos esquemas financeiros, ele está preso por tentativa de homicídio e coautoria de homicídio. O último caso se refere ao investidor Wesley Pessano, assassinado a tiros. O crime teria como objetivo eliminar a concorrência no mercado de criptomoedas.
Já a acusação de tentativa de homicídio diz respeito a outro concorrente no ramo, sem nome revelado, que sobreviveu a um atentado, mas ficou cego e paraplégico. Glaidson nega todos os crimes.
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