Kalil diz que jogaria entrevistador 'pela janela' após questão sobre dívida
O ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), ficou irritado após um entrevistador perguntar sobre dívidas de suas antigas empresas.
A discussão ocorreu em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, ontem (4), durante participação de Kalil no podcast TVC. Ele chamou um dos entrevistadores, conhecido como DJ Veneno, de "moleque", "merdinha" e "banana" e disse que seria mais fácil "jogá-lo pela janela" do que fugir das perguntas.
A discussão começou após DJ Veneno mencionar o nome de Jair Ferreira de Jesus —que, segundo uma reportagem publicada na sexta-feira (3) na revista Veja, ficou meses sem receber salário e descobriu, na demissão, que o empregador não depositava sua contribuição do FGTS. O empregador seria Kalil. O pré-candidato reclamou que esse assunto já havia aparecido em 2016, durante campanha eleitoral.
"O senhor está aqui para debater minha vida pessoal ou para debater a prefeitura?", questionou Kalil. O rapaz respondeu: "Acha que eu tenho que escolher um representante meu e não saber da vida dele?".
"A minha dívida já tinha quando eu estava na prefeitura. A diferença é que eu mexi com 124 bilhões de reais e eu continuo devendo IPTU. Eu não pus a mão em nada público", afirmou o ex-prefeito. " Então não venha mexer com a vida de um homem honrado, de 63 anos, não. Você não tem nem idade para isso, seu moleque."
Diante da insistência da pergunta, o ex-prefeito disse que o jornalista tentava "aparecer" e disse que não sairia "corrido" da entrevista —ou seja, sem responder aos questionamentos.
"Não grite comigo rapaz, molecote, tá querendo aparecer em cima de mim. Quem é você? Não sei nem seu nome, nunca te vi. Se esse moleque estiver aqui, você senta ele aqui e entrevista esse banana, esse merdinha aqui", disse, elevando o tom de voz. "Corrido eu não saio não, é mais fácil eu te jogar pela janela, ô moleque! Corrido é o car****, rapaz. Te pego e te jogo pela janela."
Kalil alegou ainda que os processos estavam correndo na Justiça e que "ninguém está condenado a pagar nada".
Segundo a revista, o ex-prefeito afirmou que uma fazenda da empresa foi oferecida para tentar quitar as dívidas trabalhistas —que chegam, segundo a publicação, a R$ 12 milhões.
"O negócio é tão antigo, tem 90 anos a pessoa, 80 anos. As empresas entraram em colapso no Brasil e graças a Deus tenho patrimônio e estou discutindo na Justiça. Está correndo na Justiça, ninguém está condenado e obrigado a pagar nada", continuou Kalil, na entrevista ao podcast.
Ao fim do programa, Kalil pediu "desculpas" aos espectadores e disse que foi agredido. O UOL procurou a assessoria de imprensa do pré-candidato, mas ainda não obteve retorno.
Nas redes sociais, DJ Veneno também afirmou que foi "agredido verbalmente" por fazer perguntas. "Olha o preparo de uma pessoa que é candidata a governador de Minas Gerais."
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