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Ministro da Justiça defende envio de ofício sobre processo eleitoral ao TSE

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres                              - ISAC NOBREGA/PR
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres Imagem: ISAC NOBREGA/PR

Colaboração para o UOL

10/06/2022 21h10Atualizada em 10/06/2022 21h10

O ministro da Justiça, Anderson Torres, argumentou hoje (10) sobre o envio de um ofício por parte do Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que as sugestões de "aperfeiçoamentos e segurança do processo eleitoral" das Forças Armadas sejam repensadas e levadas em consideração.

A declaração aconteceu ao jornal O Globo, em Los Angeles, durante a IX Cúpula das Américas.

"Houve um pedido legítimo do Ministério da Defesa e eu pergunto, por que negar? Tem alguma coisa a esconder ali? Fica essa coisa, não consigo entender, acho que tem de ser o mais transparente possível", disse.

O pedido legítimo citado por Torres foi feito pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, que afirmou que "as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas".

O ministro da Justiça ainda completou em seu discurso: "Existe alguma desconfiança em relação ao Ministério da Defesa? Existe alguma desconfiança em relação à Polícia Federal? Essas são as perguntas que eu tenho a fazer.".

Torres enfatizou que o Ministério da Defesa e a Polícia Federal "vão participar de todos os atos, de agora em diante" e falou sobre o objetivo do governo de Jair Bolsonaro (PL), atual presidente do Brasil: "que tenhamos eleições limpas, transparentes, quanto mais pública for a apuração melhor será para o Brasil, para nossa democracia, e o Ministério da Defesa está fazendo a parte dele, assim como a Polícia Federal também está fazendo a parte dela".

Recentemente, o presidente Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro e o TSE.