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Após mal-estar com Ciro Gomes, presidente do PDT em MG continua no cargo

O deputado federal Mario Heringer (PDT-MG), e presidente do partido em Minas Gerais - Reprodução / Câmara dos Deputados
O deputado federal Mario Heringer (PDT-MG), e presidente do partido em Minas Gerais Imagem: Reprodução / Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

10/06/2022 18h41

O presidente do PDT em Minas Gerais, o deputado federal Mário Heringer, decidiu ficar no cargo após uma reunião do partido na manhã de hoje. O líder da legenda no estado havia decidido renunciar à presidência após Ciro Gomes, pré-candidato pedetista à Presidência da República, criticar Miguel Corrêa, nome da legenda para disputar o governo mineiro.

O encontro de hoje aconteceu em Belo Horizonte. A reunião contou com a presença do presidente nacional do partido, Carlos Lupi, que pediu a Heringer que não deixasse o cargo. O deputado, então, aceitou.

O presidente do PDT em Minas teria se sentido desautorizado após Ciro cravar que Corrêa não seria candidato em outubro, passando por cima de sua gestão, conforme noticiou o jornal Estado de Minas. À época, o candidato do PDT disse, em entrevista à CNN Brasil, que o colega seria ficha suja e "havia saído ontem do PT para se filiar ao PDT".

"Esse cidadão que se apresenta como candidato do PDT em Minas Gerais, não é do PDT e não será candidato. Inclusive, é inelegível, porque tem ficha suja. Não sei o que veio fazer aqui saindo ontem do PT e se filiando ao PDT. Desse falo publicamente, porque não é companheiro", disse Ciro.

Corrêa era político antigo PT em Minas Gerais, mas migrou para o PDT. O político foi o escolhido do partido após a desejada aliança com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), se tornar inviável em razão da negociação do apoio do PT.

Apesar de já ter elogiado publicamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmado em entrevista que "a vitória do Ciro é ter Lula no governo do Brasil", Miguel Corrêa reiterou, em mais de uma ocasião, que apoiaria e votaria no candidato do partido no primeiro turno da disputa à Presidência.