Trajano: 'Lula não me chamou para vice, e acabei levando a fama por isso'
Presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Luiza Trajano negou, em entrevista à revista Veja publicada hoje, que tenha sido convidada para ser vice na chapa liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.
"Ele não me chamou em momento algum e eu acabei levando a fama por isso. Essa é a verdade", disse.
Trajano disse acreditar que Lula sempre teve a intenção de convidar alguém com o perfil do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) para ocupar a função. "E eu concordo com a estratégia dele", afirmou a empresária.
Sem citar nomes, a presidente do Magazine Luiza também disse à revista que recebeu várias propostas partidárias para participar das eleições, mas declinou. Uma das propostas se tratava de uma pré-candidatura à Presidência da República.
"Eu teria até agosto para me decidir. Confesso que foi a única que mexeu comigo. Fiquei na dúvida até as 5 da tarde do dia 2 de abril. Foi um dia de pressão, com muitos líderes me ligando. Mas eu não dei conta. Eu sabia que, se me filiasse, isso iria acabar com o bom trânsito que tenho por diferentes partidos".
Luiza Trajano elogia pré-candidatura de Tebet
Na entrevista à revista Veja, Luiza Trajano também elogiou a possibilidade da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência, a única mulher na disputa até o momento.
Porém, a presidente do conselho de administração do Magazine Luiza disse que a pré-candidatura da parlamentar está demorando a se firmar. "Evidentemente, esse cenário das pesquisas ainda pode mudar. Seria muito importante termos alternativas e a presença feminina faz falta na administração pública brasileira."
Ontem, um manifesto de apoio à candidatura de Tebet foi divulgado. Subscrevem o documento 281 empresários e economistas. No texto, Simone é descrita como uma mulher com capacidade 'indispensável para pacificar o País'.
"Temos que nos unir para fortalecer seu nome como alternativa real à atual polarização", disse a doutora em Economia pela USP Ana Carla Abrão, uma das signatárias do manifesto.
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