Bolsonaro pediu ajuda a Biden contra Lula nas eleições, diz Bloomberg
O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ajuda ao seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, para vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais deste ano. O pedido foi feito durante uma reunião privada que os dois tiveram na última quinta-feira (9), segundo informações da agência de notícias Bloomberg.
O colunista do UOL Jamil Chade confirmou com duas fontes da diplomacia brasileira o pedido feito por Bolsonaro a Biden. O encontro se deu em meio à viagem do presidente brasileiro aos EUA para participar da Cúpula das Américas, em Los Angeles.
De acordo com fontes anônimas citadas pela agência, Bolsonaro retratou Lula como um perigo para os interesses dos EUA. Biden, porém, falou sobre a importância de preservar a integridade eleitoral do Brasil e, ao receber o pedido de ajuda de seu par brasileiro, mudou o assunto da conversa, segundo o relato da Bloomberg.
Procurados pela agência de notícias americana, tanto o governo brasileiro como o americano não comentaram a informação.
Pesquisas de opinião apontam Lula em primeiro lugar na corrida ao Palácio do Planalto, com maior ou menor vantagem, dependendo do instituto que fez a sondagem. Em alguns casos, os levantamentos mostram que existe a possibilidade de o petista liquidar a disputa ainda no primeiro turno.
Segundo a última pesquisa Datafolha para presidente, divulgada no mês passado, Lula tinha 21 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro, com 48% das intenções de voto. O atual presidente ficou com 27%.
Bolsonaro diz que "mudou" de opinião a respeito de Biden
Durante entrevista coletiva ontem, Bolsonaro disse que "mudou" de opinião a respeito de Biden, ao ser questionado a respeito dessa reunião privada. Ele afirmou ainda que o encontro serviu como uma espécie de "reaproximação" com o atual presidente dos EUA.
No entanto, o presidente brasileiro afirmou também que irá se encontrar com o ex-mandatário norte-americano Donald Trump antes das eleições no Brasil. "Conversei com ele essa semana e convidei como sempre. Ele quer, dois meses antes da eleição, encontrar comigo aqui ou lá", disse.
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