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Bombig: Pesquisa mostra que não há uma 'onda Lula' para vencer no 1º turno

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/06/2022 15h33Atualizada em 13/06/2022 16h10

O colunista do UOL Alberto Bombig comentou hoje sobre a mais recente pesquisa eleitoral para a corrida presidencial. A BTG/FSB apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 44% das intenções de voto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 32%.

Para Bombig, o resultado mostra uma estagnação de Lula que tornaria improvável uma vitória do pré-candidato do PT ainda no primeiro turno das eleições.

"Acho importante observar, do ponto de vista do PT, que o Lula não está deslanchando. Essa pesquisa da FSB mostra que ainda não há uma onda Lula se formando que possa levá-lo a ampliar essa vantagem e vencer ainda no primeiro turno", disse Bombig, durante o UOL News.

Ele apontou alguns erros que considera estratégicos na campanha do PT. Apesar de dizer que alguns setores da campanha de Lula têm uma expectativa de vitória no primeiro turno, Bombig destacou que não estão sendo criadas condições para esse cenário e Lula não estaria conseguindo dialogar com setores mais moderados do chamado centrão.

"O Lula não consegue fazer uma sinalização ao centro. O que a gente acompanha são só notícias de Geraldo Alckmin (PSB) falando com o agronegócio, mercado e empresários, enquanto Lula não faz nenhum gesto aos moderados. Então acho que a pesquisa mostra que, nessa toada, não haverá uma vitória no primeiro turno, a menos que Ciro Gomes (PDT) desista para apoiar Lula".

Além da falta de diálogo com setores moderados, o colunista do UOL também citou o que considera outros erros de estratégia, como a divulgação de parte do plano de governo, que depois foi dito pela cúpula do PT que seria revisado, e também a fala classificada como "desastrada" de que o PSDB acabou.

Sobre o atual presidente Jair Bolsonaro, Bombig disse enxergar um desespero causado pela percepção de que os números não estão aumentando na pesquisa e o resultado disso são atitudes como ataques aos ministros do STF e também um pedido desesperado - e depois negado - de ajuda ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para derrotar Lula e vencer as eleições no Brasil.