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Eduardo Leite anuncia pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul

O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) - GABRIEL HAESBAERT/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) Imagem: GABRIEL HAESBAERT/ESTADÃO CONTEÚDO

Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

13/06/2022 13h37Atualizada em 13/06/2022 14h57

O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou hoje sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSDB após ter desistido de disputar a Presidência da República. O comunicado foi feito durante coletiva na sede do partido em Porto Alegre.

No fim de março deste ano, Leite renunciou ao cargo para tentar ser candidato à Presidência pela aliança do PSDB com Cidadania e MDB, na conhecida "terceira via". Mas, sem amparo do partido para realizar a movimentação, voltou atrás e será novamente candidato ao Palácio Piratini.

Leite disse que começou a pensar na possibilidade de ser novamente candidato ao governo gaúcho em janeiro deste ano e disse que deu sua contribuição na construção da terceira via. "Eu fico muito feliz de ter dado minha contribuição ainda que pequena e muitas vezes incompreendida para que tivéssemos essa união do centro democrático", disse ao ler um trecho de uma carta que escreveu.

Ele negou que o governo do Rio Grande do Sul seja um "plano B" de sua carreira. "Se plano A fosse ser candidato à Presidência da República, eu teria trocado de partido político, e não o fiz. Eu tive ofertas de caminhos que me garantiriam ser candidato a presidente. Eu não seria aquele que viria dispersar energias na terceira via. O Rio Grande do Sul não é plano B."

'Possibilidades foram abertas'

O ex-governador havia dito ser contra a reeleição antes de renunciar ao cargo. Questionado sobre a guinada de opinião, Leite afirmou que concorrer como ex-governador é diferente de concorrer com a máquina do Estado nas mãos.

"A única condição que eu aceitaria me apresentar à população seria se eu estivesse no cargo. A crítica à reeleição veio na função de governantes que concorrem à eleição e acabam fazendo o exercício do governo para garantir força às suas candidaturas. Minha critica a reeleição está ligada a isso", respondeu Leite.

A renúncia me abria todas as possibilidades. Se eu estivesse no cargo como governador, teria só uma alternativa: concorrer à reeleição. O que eu não faria. Ao sair do cargo, as possibilidades foram abertas."

Leite também disse não ter escolhido o vice de sua chapa e que as conversas com outras siglas irá começar agora.

Derrotado nas prévias tucanas por João Doria, Leite tentou minar o nome do ex-governador paulista como candidato a presidente pelo partido. No final, o MDB e os próprios tucanos decidiram apoiar o nome de Simone Tebet (MDB) como representante.

Tanto Doria quanto Leite desistiram da corrida ao Palácio do Planalto. A diferença é que Doria seguirá, por enquanto, trabalhando na iniciativa privada —conforme afirmou hoje.

Leite ainda recebeu um convite do PSD, de Gilberto Kassab, para se filiar ao partido para disputar as eleições presidenciais, mas decidiu permanecer no PSDB.