'Não existe isso daí', diz Bolsonaro sobre pedir ajuda a Biden contra Lula
O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou hoje a informação sobre o pedido ao colega americano, Joe Biden, para ajudá-lo a ganhar as eleições do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lula e Bolsonaro são pré-candidatos no pleito que será realizado em outubro.
"Olha, não existe isso daí. Houve uma reunião bilateral. No total, umas 20 pessoas presentes. Foram 30 minutos de conversa e, depois, eu pedi [uma reunião] reservada com Joe Biden. O que nós tratamos ali é reservado. Cada um pode falar o que bem entender", afirmou Bolsonaro, durante entrevista à rádio CBN Recife.
"Agora, [o veículo] não cita fontes: 'segundo tal pessoa'. O que eu conversei com o Biden não sai de mim nem do Carlos França. É especulação", acrescentou.
Segundo informações da agência americana Bloomberg, Bolsonaro pediu ajuda a Biden para vencer Lula, durante uma reunião privada que os dois tiveram na última quinta-feira (9).
O colunista do UOL Jamil Chade confirmou com duas fontes da diplomacia brasileira o pedido feito por Bolsonaro a Biden. O encontro se deu em meio à viagem do presidente brasileiro aos EUA para participar da Cúpula das Américas, em Los Angeles.
De acordo com fontes anônimas citadas pela agência, Bolsonaro retratou Lula como "um perigo para os interesses dos EUA". Biden, porém, falou sobre a importância de preservar a integridade eleitoral do Brasil e, ao receber o pedido de ajuda do presidente brasileiro, mudou o assunto da conversa, segundo o relato da Bloomberg.
Procurados pela agência de notícias americana, tanto o governo brasileiro quanto o americano não comentaram a informação.
Pesquisas de opinião apontam Lula em primeiro lugar na corrida ao Palácio do Planalto, com maior ou menor vantagem, dependendo do instituto que fez a sondagem. Em alguns casos, os levantamentos mostram que existe a possibilidade de o petista vencer a disputa ainda no primeiro turno.
Segundo a última pesquisa Datafolha para presidente, divulgada no mês passado, Lula tinha 21 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro, com 48% das intenções de voto. Bolsonaro aparece com 27%.
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