Quem são os pré-candidatos do Rio Grande do Sul a governador em 2022
Faltando poucos meses do primeiro turno das Eleições 2022, os partidos já começaram a definir os nomes dos pré-candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. As legendas podem mudar as indicações até 5 de agosto, quando o prazo para as convenções partidárias termina.
O Rio Grande do Sul é um dos poucos estados brasileiros que têm a característica de não reeleger governantes desde que foi instituída essa possibilidade, em 1998.
O primeiro turno das eleições está marcado para ocorrer em 2 de outubro, já o segundo turno será no dia 30 do mesmo mês.
Conheça os pré-candidatos ao governo do Rio Grande do Sul (em ordem alfabética):
Beto Albuquerque (PSB)
O PSB (Partido Socialista Brasileiro) confirmou a pré-candidatura do ex-deputado federal Beto Albuquerque ao governo do Rio Grande do Sul. Sem cargo desde 2015, o ex-deputado concorreu a uma vaga no Senado em 2018 e, apesar de não se eleger, fez votação expressiva com 1.713.792 votos.
Eleito duas vezes deputado estadual e quatro vezes deputado federal, além de secretário de Estado por duas vezes, Beto Albuquerque avalia que o novo desafio é o maior de sua carreira. Segundo ele, a principal bandeira da campanha para as próximas eleições ao Palácio Piratini será a da educação.
Beto é vice-presidente nacional de Relações Governamentais do PSB, presidente do diretório do partido no Rio Grande do Sul e secretário-geral da Coordenação Socialista Latino-Americana (CSL). Foi deputado federal pelo PSB do Rio Grande do Sul por quatro mandatos consecutivos.
Edegar Pretto (PT)
O deputado estadual Edegar Pretto é o nome escolhido pelo PT (Partido dos Trabalhadores) para ser pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Ele foi escolhido durante Conferência Estadual do Partido dos Trabalhadores.
Ele negou recuar de sua campanha em prol de uma aliança com o PSB, que tem Beto Albuquerque como pré-candidato e está em negociações para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa nacional.
É formado em Gestão Pública e tem suas origens na agricultura familiar. Filho de Adão Pretto, deputado federal falecido em 2009, Edegar está em seu terceiro mandato como deputado estadual. Foi o mais votado do partido nas três eleições em que participou, e líder da bancada petista no governo Tarso Genro (PT). Em 2017, foi presidente da Assembleia Legislativa.
Eduardo Leite (PSDB)
O ex-governador Eduardo Leite anunciou neste mês a sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) após ter desistido de disputar a Presidência da República. Anteriormente, o ex-governador havia dito ser contra a reeleição, mas mudou de postura.
No fim de março deste ano, Leite renunciou ao cargo para tentar ser candidato à Presidência pela aliança do PSDB com Cidadania e MDB, na conhecida "terceira via". Mas, sem amparo do partido para realizar a movimentação, voltou atrás e será novamente candidato ao Palácio Piratini.
Eduardo Leite é um bacharel em direito e político brasileiro. Foi governador do Rio Grande do Sul entre 2019 e 2022. Anteriormente, foi prefeito de Pelotas de 2013 a 2017, cidade onde também foi vereador.
Gabriel Souza (MDB)
O deputado estadual Gabriel Souza (MDB-RS) afirmou que sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul está mantida pelo partido mesmo após o PSDB anunciar aliança com Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República em troca de apoio dos emedebistas a Eduardo Leite, que deseja disputar o governo gaúcho pela legenda tucana, mas ainda não teve pré-candidatura confirmada.
"Bom dia. Aqui em Tramandaí chove e faz 16 graus. O tempo tem mudado bastante, o que não mudou é a minha situação: sou pré-candidato a governador pelo MDB-RS. Estamos trabalhando num plano para o RS entrar em um novo ciclo, o do desenvolvimento econômico, social e tecnológico", disse o pré-candidato no Twitter.
Gabriel Souza é deputado estadual em segundo mandato. Foi líder do governo de José Ivo Sartori (MDB) na Assembleia Legislativa e presidente do parlamento estadual durante a gestão Leite. No período, foi considerado um dos responsáveis pela sustentação da base aliada em votações importantes para o Executivo, como as privatizações.
Luis Carlos Heinze (PP)
O senador Luis Carlos Heinze lançou, em julho de 2021, a sua pré-candidatura ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Ele foi o primeiro nome a oficializar a intenção de concorrer ao Palácio Piratini.
Heinze chegou a se lançar a governador em 2018, mas acabou retirando a candidatura na última hora, para concorrer a senador.
Ele tem formação como engenheiro agrônomo e atuação como produtor rural. Atual Senador Federal pelo Rio Grande do Sul, ele já foi prefeito de São Borja (RS), de 1993 a 1996, e Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul, de 1999 a 2019.
Onyx Lorenzoni (PL)
Em março deste ano, o ex- ministro do Trabalho e da Previdência, Onix Lorenzoni, filiou-se ao PL (Partido Liberal) para assumir a pré-candidatura ao governo do estado do Rio Grande do Sul.
Em suas redes sociais, Lorenzoni afirmou estar "fechado com Bolsonaro". O presidente também se filiou ao PL no final de 2021 e será candidato à Presidência pelo partido. A Pesquisa Real Time Big Data, contratada pela TV Record e divulgada em maio, mostra o ex-ministro liderando a corrida eleitoral com 23% das intenções de voto.
Onyx Lorenzoni foi deputado estadual e é deputado federal. Ocupou os ministérios da Casa Civil, da Cidadania e do Trabalho e Previdência, além da Secretaria-Geral da Presidência, no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Pedro Ruas (Psol)
O Psol lançou, em maio deste ano, a pré-candidatura do vereador de Porto Alegre Pedro Ruas ao Palácio Piratini. O partido busca o apoio de partidos como o Unidade Popular e PCB. Essa será a segunda vez que Pedro Ruas concorrerá ao Piratini, a primeira foi em 2010.
Formado em Direito, foi o primeiro integrante do partido a ser eleito para a Assembleia Legislativa. Ele tem 66 anos, sendo militante desde jovem.
Iniciou militância ainda no antigo MDB. Quando Leonel Brizola voltou do exílio em 1979, construiu o PTB, e posteriormente o PDT junto com Brizola.
Rejane De Oliveira (PSTU)
O PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) decidiu lançar a educadora Rejane de Oliveira como pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul. Ela é a única mulher postulante ao cargo no Palácio Piratini nesta eleição.
Conhecida líder sindical, ela se coloca na disputa como uma alternativa à "polarização entre políticos tradicionais e com ausência de candidato que defenda os verdadeiros interesses dos trabalhadores".
Rejane é professora aposentada da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul. Foi presidente do CPERS-Sindicato, um dos maiores sindicatos do país, por duas gestões. A pré-candidata é membro da Executiva Estadual e Nacional da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).
Ricardo Jobim (Novo)
O Novo lançou em abril deste ano o advogado e empresário Ricardo Jobim como pré-candidato do partido a governador do Rio Grande do Sul. Ele foi escolhido para ser o pré-candidato do partido no Rio Grande do Sul por meio de processo seletivo.
É advogado e empresário no ramo da comunicação, além de professor universitário nas áreas de negociação, direito médico e sucessório. Foi conselheiro da OAB/RS e presidente da OAB Santa Maria, além de diretor da CACISM (Câmara de Indústria e Comércio de Santa Maria).
Há quatro anos, auxiliou, como voluntário, a candidatura do deputado estadual Giuseppe Riesgo (Novo), que foi eleito com 16.224 votos.
Roberto Argenta (PSC)
Depois de uma breve passagem pelo MDB, o empresário Roberto Argenta lançou a sua pré-candidatura ao governo do Estado pelo PSC (Partido Social Cristão).
Ele é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Roberto Argenta foi vereador, prefeito de Igrejinha e Deputado federal pelo Rio Grande do Sul. É proprietário da Calçados Beira-Rio e do complexo Termas Romanas, em Restinga Seca.
Vieira Da Cunha (PDT)
Afastado da atividade política há seis anos, quando se dedicou ao Ministério Público do Estado, Vieira da Cunha lançou sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Sul pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista).
O pedetista prometeu implantar a escola integral, com mais de oito horas de aulas, e afirmou que pretende sair do regime de recuperação fiscal, durante sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de S.Paulo.
Carlos Eduardo Vieira da Cunha é procurador de Justiça do Rio Grande do Sul é vice-presidente da Internacional Socialista para a América Latina e Caribe.
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