Topo

Alexandre Frota diz que votaria em Lula contra Bolsonaro no 2º turno

Alguns dos ex-aliados hoje criticam abertamente Jair Bolsonaro, como o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) - ANTONIO CRUZ/ AGÊNCIA BRASIL
Alguns dos ex-aliados hoje criticam abertamente Jair Bolsonaro, como o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) Imagem: ANTONIO CRUZ/ AGÊNCIA BRASIL

Do UOL, em São Paulo

20/06/2022 12h10Atualizada em 20/06/2022 15h06

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) disse que votaria em qualquer pessoa para derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à Folha de S.Paulo, Frota afirmou que espera que Bolsonaro "seja liquidado" no primeiro turno.

Frota não declarou qual será seu voto no primeiro turno na corrida presidencial. Seu partido, o PSDB, não terá candidato próprio, mas já oficializou apoio à pré-candidatura de Simone Tebet (MDB), que tenta ser o nome de consenso na chamada "terceira via". Ele, porém, afirma que "não existe terceira via".

O brasileiro já decidiu em relação a Bolsonaro ou a Lula. Não existe terceira via. A terceira via é uma mentira. É morta, não é organizada e não vai chegar lá.
Deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), em entrevista à Folha de S.Paulo

"Não vou votar no Bolsonaro. Isso você pode ter certeza. Vou esperar e mais para frente vou anunciar minha decisão, mas com certeza no Bolsonaro nunca mais", completou.

O deputado já se opôs de forma ferrenha ao PT. Em 2020, ele chegou a ser condenado por divulgar fake news contra o ex-presidente do partido em Ubatuba (SP). Hoje, no entanto, não descarta voto em um candidato petista.

"Eu lutei para colocá-lo lá e vou lutar para tirá-lo", afirmou Frota sobre Bolsonaro. O deputado relata que apesar de ter composto a base de apoio do presidente, hoje não tem nenhum contato com Bolsonaro e também não tem "nenhum amor" pelo governo.

Tanto Frota quanto Bolsonaro se elegeram pelo PSL. Ambos saíram do partido ainda em 2019, no primeiro ano de mandato. Antes da saída do presidente, porém, ele pediu a expulsão do deputado.