Bivar diz que Bolsonaro 'não fez nada' no governo: 'Ficou dormindo 3 anos'
Presidente do União Brasil e pré-candidato do partido à Presidência da República, o deputado federal Luciano Bivar atacou o presidente Jair Bolsonaro (PL), em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. Ex-aliado de Bolsonaro, Bivar disse que o atual mandatário "não fez nada" no período em que esteve no comando do Palácio do Planalto.
"Tem muita coisa que precisa mudar nesse País. Bolsonaro não fez nada. Ficou dormindo esses três anos", afirmou Bivar ao ser questionado se mudaria alguma medida que Bolsonaro implantou durante sua gestão.
O parlamentar foi questionado também a respeito da privatização da Petrobras — a venda da estatal já foi defendida em várias oportunidades pelo atual presidente. Na avaliação de Bivar, a petroleira deve ser "preservada".
"O liberalismo por si só não tem o poder de tomar conta dos bens do Estado. Mas ela tem que ter outros competidores. A Petrobras precisa criar um fundo social de amortecimento para acompanhar as variantes do mercado internacional. Não é por ser liberal que tem que privatizar tudo. As empresas que são rentáveis têm que permanecer", afirmou Bivar.
Em um dia agitado ontem para a Petrobras, o presidente da empresa, José Mauro Coelho, renunciou ao cargo após críticas recebidas de Bolsonaro e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante o final de semana.
A saída de Coelho também ocorre após a Petrobras divulgar novos aumentos no preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras.
Bolsonaro e Bivar foram aliados
Hoje adversários na corrida presidencial, Bolsonaro e Bivar já foram aliados. O deputado federal foi presidente do PSL, partido pelo qual o atual presidente disputou as eleições em 2018 — a legenda se fundiu com o DEM e formou o União Brasil.
Após ser eleito, porém, Bolsonaro rompeu com o PSL e deixou a sigla em novembro de 2019, antes de completar um ano de mandato. Depois da saída, o presidente tentou criar seu próprio partido, o Aliança pelo Brasil, mas a nova agremiação teve dificuldades na coleta de assinaturas para que fosse registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O presidente se filiou ao PL em novembro do ano passado.
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