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Forças Armadas são coniventes com 'holding do crime' na Amazônia, diz Ciro

Ciro Gomes, ex-ministro e presidenciável do PDT - Divulgação
Ciro Gomes, ex-ministro e presidenciável do PDT Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

21/06/2022 11h33

O pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou que as Forças Armadas são coniventes com os crimes ocorridos na região da Amazônia e que o narcotráfico é, segundo ele, claramente protegido por autoridades brasileiras.

A declaração do político ocorreu depois de ser questionado sobre os assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridos em Atalaia do Norte (AM).

Bolsonaro destruiu as raríssimas bases de comando e controle: ele desmontou o ICMBio, desmontou a Funai, desmontou o Ibama, destruiu a capacidade operacional das Forças Armadas, que não têm efeito, verba, tecnologia para administrar a imensa faixa de fronteira seca. E isso acabou transformando o território nessa holding do crime, claramente protegida por autoridades brasileiras, inclusive das Forças Armadas. Ciro Gomes, em entrevista à rádio CBN

"Um dos meus compromissos é construir uma estrutura de defesa em bases profissionais, sofisticadas, modernas, sob o ponto de vista tecnológico, capazes de dizer 'não' na proteção dos interesses nacionais brasileiros. Mas, haverá todo um processo de mudança na formação e nos critérios de promoção da cúpula das forças de defesa", acrescentou.

Ciro lançou na semana passada um novo slogan, que diz "Vote em um e se livre dos dois", numa clara referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

O pedetista tem atribuído as dificuldades na campanha à "indigência" dos levantamentos de intenção de voto, que, na sua avaliação, provocam uma situação artificial.

Dados da FSB Pesquisa divulgados recentemente mostraram Ciro com 9% das preferências; Lula, com 44% e Bolsonaro, 32%. O ex-governador e ex-ministro disse que busca o apoio dos partidos de centro.