Vereadora trans critica postura de Lula sobre LGBTs: 'Ausência de debate'
A vereadora de São Paulo Erika Hilton (PSOL) criticou, em entrevista à revista Carta Capital hoje, a postura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à população LGBTQIA+.
"Não acho que [Lula] tenha se posicionado de forma suficiente com relação a temáticas da comunidade LGBTQIA+", afirmou a vereadora. "Essa crítica que já vem sendo feita, não é de agora. Nós sempre sentimos uma ausência de um debate mais bem colocado, melhor estruturado com relação aos direitos da comunidade."
Hilton cobrou que as demandas da comunidade LGBTQIA+ estejam presentes no programa de governo do petista, que é pré-candidato à Presidência da República. "É preciso que o programa de governo do presidente Lula tenha a clareza de que essa é uma pauta de cidadania. Não pode estar na mesa de negociações de pautas de costumes, porque estamos no país que mais mata travestis e transexuais, onde essas mulheres vivem da prostituição compulsória até hoje."
A vereadora disse que um documento está em fase de planejamento com a comunidade LGBTQIA+ para ser entregue ao ex-presidente. "Nós cobraremos que o ex-presidente traga, em seu plano de governo, direitos, e bem claro, quais serão as propostas para a comunidade LGBTQIA+", afirmou. "Não aceitaremos ser tratadas como cidadãs de segunda classe ou como temas sensíveis, morais, polêmicos, quando estamos falando da nossa vida, da nossa dignidade e da nossa cidadania."
Lula é opção de voto para 86% dos presentes na Parada LGBT+
Pesquisa realizada pela organização Vote LGBT aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o favorito entre as pessoas que compareceram a eventos da 26° edição da Parada LGBT+ de São Paulo. O petista obteve 86% de intenção de votos, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 2,5%, e Jair Bolsonaro (PL), com 1,6%.
A lista de pré-candidatos apresentada ao público também incluía os nomes de Simone Tebet (MDB), que obteve 0,64% das menções, e Luciano Bivar (União Brasil), que não pontuou.
Como a margem de erro é de 3,3 pontos percentuais, Ciro, Bolsonaro, Tebet e Bivar empatam tecnicamente.
Disseram não saber em quem votar 3,8% do total; 2% optaram por branco ou nulo; 1,7% dos entrevistados indicou voto em outro candidato, e 1,92% preferiu não declarar.
A pesquisa entrevistou 930 pessoas na Marcha Trans, na Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais e na Parada LGBT+, entre 17 e 19 de junho. O custo da pesquisa foi de R$ 11 mil, e o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-08300/2022.
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