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Deltan diz que votará em Bolsonaro em eventual 2º turno contra Lula

O ex-procurador do MPF Deltan Dallagnol deve disputar eleições para o cargo de deputado federal pelo Podemos - Theo Marques/UOL
O ex-procurador do MPF Deltan Dallagnol deve disputar eleições para o cargo de deputado federal pelo Podemos Imagem: Theo Marques/UOL

Do UOL, em São Paulo

27/06/2022 16h44

Ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Podemos) confirmou hoje a um seguidor nas redes sociais que, em caso de segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), escolherá e apoiará o atual presidente. O pré-candidato a deputado federal já teve embates diretos com o petista, como o PowerPoint em que acusou Lula de ter "perpetuação criminosa no poder".

O ex-procurador respondeu a pergunta em um vídeo de seu perfil no Instagram, utilizando ferramenta que permite que pessoas enviem perguntas diretas ao perfil.

"Segundo turno, se ter Bolsonaro e Lula. Quem você vai apoiar?", perguntou o seguidor de Dallagnol.

Em resposta, o ex-procurador da Lava Jato deixou explícito que não apoia o governo de Bolsonaro, completamente, no entanto vê a eleição de Lula como "ameaçadora para o Brasil". Em sua fala, Deltan Dallagnol também acusou o petista e seu partido de serem criminosos, novamente.

"Por mais que eu não goste de muitas atitudes do atual governo, simplesmente não há nada pior ou mais ameaçador para o futuro do Brasil do que o PT e o Lula voltarem para a cena do crime", afirmou.

Em março, Deltan foi condenado por danos morais a Lula

Em março desse ano, por decisão do STJ, Dallagnol teve de pagar indenização ao petista devido à apresentação que fez à imprensa, em setembro de 2016, para tratar da primeira denúncia da operação Lava Jato contra Lula, relativa ao tríplex do Guarujá.

O evento ficou famoso pela exposição em Power Point que colocava o petista como figura central do esquema investigado pela força-tarefa.

O ministro relator do caso, Luis Felipe Salomão, avaliou que Dallagnol usou o Power Point para fazer afirmações contra Lula que extrapolavam o escopo da acusação.

"É imprescindível, para a eficiente custódia dos direitos fundamentais, que a divulgação do oferecimento da denúncia se faça de forma precisa, coerente e fundamentada. Assim como a peça acusatória deve ser o espelho das investigações, sua divulgação deve ser o espelho de seu estrito teor", afirmou.