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França diz que decidirá sobre candidatura até domingo após consultar Lula

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/07/2022 16h42

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSB ao governo estadual, Márcio França, falou hoje em entrevista no UOL News sobre a possibilidade de desistir de sua candidatura para apoiar Fernando Haddad (PT) e acabar concorrendo a um lugar no Senado. França afirmou que a decisão deverá sair até domingo (3) e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem que ser consultado.

"Nós vamos conversar com o Lula esse final de semana e o Carlos Siqueira e a Gleisi (Hoffmann) devem falar hoje de novo em Brasília. Estamos fazendo tudo para a decisão final seja a melhor possível. O presidente Lula é o líder popular mais importante que nós temos, então é claro que tem que ser ouvido", disse.

França também falou sobre um receio de sua saída da corrida eleitoral para o governo de São Paulo acabe dando mais forças para o candidato do PSDB, Rodrigo Garcia.

"A dúvida é basicamente se o fato de eu sair da disputa para governador não faria com que possivelmente surgisse Rodrigo Garcia com muito mais força. Se isso acontecer, a disputa em São Paulo no segundo turno ficaria entre Haddad e Rodrigo", analisou.

"Nesse caso específico é melhor ou pior para o presidente Lula? Por que tendo dois players no segundo turno que apoiassem Lula, como eu e o Haddad, tenho certeza que seria melhor", continuou.

Sobre a pesquisa Datafolha divulgada ontem, o pré-candidato do PSB destacou uma queda do candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"Conseguimos nos manter em segundo lugar e o que se notou na pesquisa é que foi ruim para o Tarcísio e isso provocou uma situação que talvez faça o [Gilberto] Kassab repensar [no apoio do PSD]. É nítido que o dia de ontem foi ruim porque o Rodrigo encostou nele".

Por fim, Márcio França também falou sobre a possibilidade de concorrer ao Senado e sobre a saída de Datena da disputa eleitoral.

"É claro que minha vontade é disputar o governo, mas sem o Datena a eleição ficou muito mais tranquila para qualquer candidato ao Senado. O Senado é de muita responsabilidade e São Paulo precisa voltar a ter voz e é uma hipótese que todo mundo deve avaliar, mas a decisão tem que ser tomada por Lula e Alckmin, que são as pessoas que estão liderando", finalizou.