Pesquisa: desconfiança nas Forças Armadas sobe, e partidos reduzem rejeição
A desconfiança da população brasileira em relação às Forças Armadas cresceu dez pontos percentuais entre 2018 e 2022, segundo a pesquisa de opinião pública "A cara da democracia" do Instituto da Democracia. Mesmo assim, o saldo ainda é positivo: 70% dos brasileiros têm algum nível de confiança nos militares.
As Forças Armadas ganharam espaço no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) quando militares passaram a ocupar cargos de alto e baixo escalões. Bolsonaro repete que é o "chefe supremo" das Forças Armadas e, recentemente, afirmou que ele e as Forças Armadas não farão "papel de idiota" nas eleições deste ano.
No fim de 2021, os militares começaram a questionar o sistema eletrônico de votação. Foram 88 questionamentos, além de sugestões de mudanças nas regras do pleito. A entrada das Forças Armadas no debate deu munição para Bolsonaro continue a atacar o processo eleitoral.
Desde 2021, o grupo que diz não confiar nas Forças Armadas ultrapassou numericamente o índice daqueles que declaram confiar muito.
O STF (Supremo Tribunal Federal) também ampliou seu percentual de rejeição entre 2018 (28,6%) e 2022 (37,3%), mas houve uma recuperação quando comparado 2021 e 2022.
Já os partidos políticos, que costumam ser pior avaliados pela população, recuperaram parte da confiança. Entre 2018 e 2022, a desconfiança caiu de 77% para 53%.
Uma mudança similar foi vista na avaliação do Congresso: o percentual dos que dizem não confiar no parlamento passou de 56%, em 2018, para 46% este ano.
A pesquisa "A cara da democracia" entrevistou presencialmente 2.538 eleitores em 201 cidades em todas as regiões do país entre os dias 4 e 16 de junho, e foi financiada pelo CNPq e Fapemig. A margem de erro total é de 1,9 ponto percentual, e o índice de confiança é de 95%.
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