Advogado petista: Segurança de Lula foi reforçada e não há ação sem reação
Marco Aurélio de Carvalho, advogado do Prerrogativas, grupo ligado à campanha do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou hoje que após os recentes episódios de violência política como a morte do guarda municipal Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), e também ataques a atos com a presença de Lula em Uberlândia e no Rio de Janeiro, a segurança do ex-presidente foi reforçada.
"Estamos preparados para reagir dentro daquilo que seria adequado e oportuno para evitar episódios como esse. A equipe (de segurança) foi reforçada e existe um cordão de militantes que se soma à equipe profissional e evidentemente não vai ter nenhuma ação sem reação. Nós precisamos proteger o ex-presidente Lula e proteger o projeto político do PT", disse durante participação no UOL News.
O advogado também destacou que, diante do reforço da segurança, bolsonaristas não terão vida fácil. "Vamos fazer isso dentro dos padrões da civilidade e urbanidade, mas a equipe foi bastante reforçada. A vida desses bolsonaristas não será fácil se resolverem eventualmente atentarem contra a democracia e as instituições".
Sobre a morte de Marcelo Arruda no Paraná, o advogado afirmou que todo o suporte está sendo oferecido pelo partido à família, inclusive com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tendo acompanhado o velório do militante petista.
"Gleisi foi ontem a Foz do Iguaçu hipotecar a solidariedade dela à família de um amigo, o Marcelo era um amigo da presidenta e uma liderança importante do PT. O PT está oferecendo apoio e o partido vai acompanhar os desdobramentos desse caso e dar todo o apoio, inclusive emocional, a essa família. Vai haver acompanhamento pessoal do partido a essa família".
Durante a entrevista, Carvalho ainda fez um apelo para que as instituições responsáveis tomem as medidas necessárias para que novas mortes não aconteçam no período eleitoral. Ele afirmou que vivemos "tempos difíceis e assustadores" e que a escalada da violência é uma realidade concreta hoje.
"O segundo cadáver, o terceiro e o quarto já estão circulando, ainda respirando e com certa tranquilidade, sem saber que podem eventualmente serem vítimas. É uma escalada concreta de violência e a única forma de evitar que isso aconteça é que as instituições tenham um diagnóstico preciso para erradicar e enfrentar essa violência. Acho que deve ter um observatório para acompanhar esses casos de violência e com a participação ativa do presidente do TSE e também eventualmente do STF. Se não houver um freio de contenção nós choraremos novos cadáveres".
Quando questionado sobre a fala do ex-presidente Lula que agradeceu o ex-vereador do PT Maninho por ter agredido um manifestante contrário ao PT em Diadema em 2018, Carvalho afirmou que a fala foi tirada de contexto e não há como comparar a agressão de Maninho, que é condenável, com a morte de Marcelo Arruda no Paraná.
"A fala foi tirada do contexto. Eu acompanhei os fatos à época e nós sabemos muito bem o que aconteceu. Havia uma ameaça real de invasão ao Instituto Lula e uma agressão a um número enorme de petistas. Imaginar que o vereador tinha intenção de matar com um empurrão é fruto da imaginação (...) Ele (Lula) se referiu a solidariedade desse vereador e ao fato desse vereador, desde o primeiro momento, ter se manifestado na defesa de Lula e do PT. Nós estávamos sofrendo ameaças reais. Comparar um episódio como esse, nós não podemos confundir as coisas senão vamos colaborar com esse discurso do Bolsonaro".
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