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BTG/FSB: avaliação do governo melhora, mas 58% dizem não votar em Bolsonaro

29.jun.22 - O presidente Jair Bolsonaro durante anúncio do Plano Safra de 2022/23, no Planalto - EVARISTO SÁ/AFP
29.jun.22 - O presidente Jair Bolsonaro durante anúncio do Plano Safra de 2022/23, no Planalto Imagem: EVARISTO SÁ/AFP

Giovanna Galvani

Do UOL, em São Paulo

11/07/2022 16h13

Pesquisa do Instituto FSB, contratada pelo banco BTG Pactual e divulgada hoje, mostra uma melhora na avaliação do governo federal, apesar da alta rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto pré-candidato à reeleição.

Segundo a pesquisa, 47% dos entrevistados consideram o governo como ruim ou péssimo. No levantamento anterior, esse índice era de 50%, portanto houve uma queda de três pontos percentuais na avaliação negativa do governo —fora da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos.

Os que avaliam a gestão Bolsonaro como ótima ou boa são 32%, um crescimento de três pontos em relação à sondagem feita na última semana de junho. Outros 20% classificam o governo como regular —antes, eram 21%— e 1% não soube responder.

Avaliação do governo Bolsonaro

  • Ótimo: 14%
  • Bom: 18%
  • Regular: 20%
  • Ruim: 10%
  • Péssimo: 37%
  • Não sabe/não respondeu: 1%

Bolsonaro tem a maior rejeição

No cenário para a disputa à reeleição, Bolsonaro não seria opção de voto "de jeito nenhum" para 58% dos entrevistados. Os entrevistados que classificam Bolsonaro como "o único em que votaria" foram 40%.

Na edição anterior da pesquisa, a rejeição a Bolsonaro era de 57%, enquanto a definição mais assertiva do voto no atual presidente ficou em 40%. As duas pesquisas, porém, não são comparáveis devido à retirada do nome do presidenciável Luciano Bivar (União Brasil) e à inserção de Pablo Marçal (Pros) no questionamento.

Segundo lugar nas rejeições ao voto, o ex-ministro Ciro Gomes não seria a opção de 49% dos entrevistados. Lula vem em seguida, rejeitado por 44% do eleitorado consultado. Depois, os pré-candidatos Simone Tebet (MDB), Felipe D'Ávila (Novo), André Janones (Avante) e Pablo Marçal (PROS) aparecem empatados na margem de erro em relação às rejeições.

"Não votaria nele(a) de jeito nenhum"

  • Jair Bolsonaro (PL): 58%
  • Ciro Gomes (PDT): 49%
  • Lula (PT): 44%
  • Simone Tebet (MDB): 29%
  • Felipe D'Ávila (Novo): 29%
  • André Janones (Avante): 27%
  • Pablo Marçal (Pros): 27%

A mesma pesquisa mostrou que a distância entre Lula e Bolsonaro no 1º turno está em 9 pontos, uma variação de 1 ponto percentual em relação à edição anterior. Lula tem 41% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro registra 32%. No 2º turno, o petista venceria o presidente por 53% a 37%, segundo o levantamento do Instituto FSB para o período.

A pesquisa BTG/FSB também cruzou as informações acerca das rejeições de Lula e Bolsonaro.

Rejeição de Lula vs. Rejeição de Bolsonaro

  • Votariam em Lula, não votariam em Bolsonaro: 47%
  • Votariam em Bolsonaro, não votariam em Lula: 34%
  • Não votariam nem em Bolsonaro, nem em Lula: 10%
  • Não rejeitam nem Lula, nem Bolsonaro: 5%
  • Não sabe/não respondeu: 4%

No período da pesquisa, que foi realizada entre 8 e 10 de julho, Bolsonaro já travava junto ao Congresso os esforços para a aprovação de uma PEC que possibilite um pacote de benefícios sociais e um decreto de período de emergência, o que possibilitaria a distribuição de recursos sem infringir as leis eleitorais. O texto, já aprovado no Senado e prestes a ser votado pela Câmara, gera R$ 41,25 bilhões de despesas excepcionais.

A pesquisa ouviu 2.000 eleitores por telefone, e tem índice de confiança de 95%. O custo de realização foi de R$ 128.957,83, e ela está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-09292/2022.